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Síria rejeita acusações sobre crematório para eliminar corpos de presos

O governo sírio rejeitou hoje as acusações feitas pelos Estados Unidos sobre a alegada existência de um crematório utilizado para eliminar os corpos de presos assassinados numa prisão militar nos arredores da capital síria, Damasco.

Síria rejeita acusações sobre crematório para eliminar corpos de presos
Notícias ao Minuto

13:46 - 16/05/17 por Lusa

Mundo Damasco

"São completamente infundadas as acusações da administração norte-americana contra o executivo sírio sobre o que designam como um crematório na prisão de Saidnaya e sobre o uso de barris explosivos e de armas químicas", afirmou hoje um alto responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria.

Na segunda-feira, o secretário-adjunto do Departamento de Estado para o Médio Oriente, Stuart Jones, divulgou que Washington tinha fotografias que provavam que as autoridades sírias tinham construído um crematório junto ao estabelecimento prisional de Saidnaya, a norte de Damasco, onde os corpos dos presos eram incinerados para ocultar as provas de execuções em massa.

O Departamento de Estado norte-americano indicou que 50 detidos são enforcados diariamente na prisão militar de Saydnaya, instalação a cerca de 45 minutos de Damasco.

Em declarações à agência noticiosa oficial SANA, a fonte ministerial síria sublinhou que, como as suas antecessoras, a atual administração norte-americana, liderada por Donald Trump, "tinha vindo com uma nova história de Hollywood, afastada da realidade e sem uma investigação pertinente".

A mesma fonte assegurou, no entanto, que o governo de Damasco "não ficou surpreendido com estas declarações que normalmente são feitas antes do início de qualquer ronda política, seja em Genebra ou em Astana (Cazaquistão)".

Em fevereiro, a Amnistia Internacional já tinha acusado o governo sírio de ter praticado "uma campanha calculada de execuções extra-judiciais" entre 2011 e 2015, na mesma prisão de Saydnaya, que terá resultado na morte de 13 mil pessoas, na sua maioria civis.

"Entre 2011 e 2015, todas as semanas e muitas vezes duas vezes por semana, grupos de até 50 pessoas eram levadas das suas celas prisionais e enforcadas. Em cinco anos, até 13 mil pessoas, a maioria deles civis considerados opositores do governo, foram enforcadas em segredo em Saydnaya", indicou então o relatório da Amnistia Internacional com o título 'Matadouro Humano: Enforcamentos e extermínio em massa na Prisão de Saydnaya, Síria'.

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