Opositores voltam a manifestar-se contra o Presidente sul-africano
Milhares de militantes da oposição sul-africana estão reunidos hoje em Joanesburgo diante do Tribunal Constitucional, que se vai pronunciar o voto secreto da moção de censura apresentada pela oposição no Parlamento contra o Presidente Jacob Zuma.
© Reuters
Mundo Jacob Zuma
Vários partidos de oposição apresentaram uma moção de censura contra o Presidente sul-africano depois de, no fim de março, o chefe de Estado ter feito uma remodelação governamental marcada pela demissão controversa do respeitado ministro das Finanças, Pravin Gordhan.
Os opositores pediram o voto secreto no Parlamento para tentar dissuadir um grupo de membros do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido de Jacob Zuma e que detém a maioria absoluta, a votar com eles.
Confrontado com a recusa do presidente do Parlamento, Baleka Mbete, que disse que a Constituição não autorizava o voto secreto, a oposição recorreu à mais alta instância judicial do país, que deverá pronunciar-se sobre o assunto até ao final do dia.
Compostos essencialmente por membros parte da Aliança Democrática (DA/direita liberal) e os Combatentes pela Liberdade Económica (FEP/esquerda radical), os manifestantes reuniram-se diante do Tribunal constitucional exigindo uma vez mais a demissão de Jacob Zuma.
Desde a remodelação governamental, a oposição tem mobilizado dezenas de milhares de pessoas nas ruas do país para exigir a saída de Jacob Zuma, envolvido em vários escândalos de corrupção.
O descontentamento já atingiu também as fileiras do ANC, que deve escolher um sucessor em dezembro para Jacob Zuma, antes das eleições gerais em 2019.
No poder desde o fim oficial do 'apartheid' (segregação racial) em 1994, o ANC já perdeu uma parte da sua popularidade e sofreu um revés nas eleições locais do ano passado, perdendo o controlo de vários municípios, incluindo Joanesburgo e Pretória.
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