"Fomos informados que Beatriz [nome fictício] está bem. Ela teve uma filha, mas disse-nos que lhe faz pena olhar para a bebé", declarou a presidente da organização não-governamental ACDATEE, Morena Herrera, citada pela agência AFP.
Em El Salvador, o aborto é proibido em todos os casos, incluindo por razões terapêuticas.
Beatriz, de 22 anos, fez a cesariana na maternidade de San Salvador, mas o Ministério da Saúde local não se pronunciou sobre o seu caso, limitando-se a anunciar uma conferência de imprensa para hoje.
Um porta-voz da presidência de El Salvador confirmou a cesariana e indicou que "tudo correu da forma como os especialistas tinham previsto".
Já mãe de uma criança de um ano, Beatriz descobriu recentemente que sofria de lúpus, uma doença crónica.
Os médicos revelaram às 13 semanas de gravidez que o feto de Beatriz não tinha cérebro.
A jovem recorreu à justiça para obter autorização para fazer um aborto por razões terapêuticas, o que lhe foi negado.