Síria não espera apoio, Líbano e OLP saúdam vitória de Macron
A Síria disse hoje não esperar alterações na política francesa com Damasco após a vitória de Emmanuel Macron nas presidenciais em França, enquanto o Líbano e a Organização de Libertação da Palestina (OLP) saudaram o vencedor do escrutínio.
© Reuters
Mundo França
A França tem sido um dos mais ferozes críticos do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, desde que a crise naquele país começou, em março de 2011, e o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Walid al-Moallem disse hoje, em declarações à imprensa, que Damasco respeita a escolha do povo francês, mas não conta com qualquer contributo europeu ou francês.
"O único contributo europeu que vemos é um papel na sabotagem que apoia terroristas e segue as passadas dos Estados Unidos da América", sustentou.
Em contraste, o Presidente do Líbano, Michel Aoun, saudou Macron pela sua vitória eleitoral, assegurando que Beirute e Paris vão continuar a trabalhar para a paz e a estabilidade no Médio Oriente.
Segundo o chefe de Estado libanês, a vitória de Macron mostra o compromisso dos cidadãos franceses "com os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade".
O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, também felicitou o novo Presidente francês, dizendo: "Encontrará em mim um parceiro empenhado em propagar os nossos valores comuns".
A França, outrora potência colonial do Líbano, goza ainda de grande influência no país. Centenas de soldados franceses de missões para manutenção da paz estão destacados perto da fronteira com Israel.
Também a OLP saudou hoje a vitória do candidato centrista Emmanuel Macron na segunda volta das presidenciais francesas, pedindo-lhe para "reconhecer o Estado da Palestina".
"Fazemos um apelo a França para que cumpra a sua promessa de reconhecer o Estado da Palestina e aproveite a conferência internacional de paz que organizou este ano para encontrar uma solução justa assente no direito internacional", declarou a dirigente da organização, Hanan Ashrawi, em comunicado.
"Esperamos que sob a presidência de Emmanuel Macron, a França continue a apoiar o povo palestiniano e a lutar pela paz, a justiça e a estabilidade na região", acrescentou.
Ashrawi classificou a eleição do liberal e europeísta líder do movimento Em Marcha como "uma vitória para o povo de França e para os princípios de abertura e tolerância sobre o populismo e o isolamento" defendidos pela candidata de extrema-direita, Marine Le Pen.
A OLP crê que, com a vitória de Macron, "a França reafirma o seu papel como membro da União Europeia e os valores que essa comunidade de nações representa".
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