A pesquisa, realizada pela multinacional petrolífera sul-africana Sasol e pela Unidade de Processamento de Ideias (UPI), empresa de consultoria em educação e gestão, refere que o fraco índice de graduados naqueles ramos deve-se à má qualidade da educação científica.
"Este estudo é importante para a Sasol, uma vez que Moçambique é o centro da nossa estratégia de crescimento para a África Austral", declarou Martin Waterhouse, vice-presidente de Operações da Sasol em Mocambique, citado num comunicado da firma.
Waterhouse adiantou que a sua companhia vai precisar de aumentar a base de quadros competentes, sendo os resultados do estudo úteis nesse objetivo.
Por seu turno, o diretor-geral da UPI, Zeferino Martins, que foi ministro da Educação moçambicano, descreve o estudo como importante para a definição de políticas educativas em linha com as necessidades do mercado.
"As principais conclusões deste estudo são exatamente essas: a necessidade de aproximar os alunos das áreas científicas, desde as primeiras classes, para que venham a cobrir as lacunas existentes no setor", realçou.
De acordo com a nota de imprensa, a pesquisa foi realizada em resposta ao aumento das atividades associadas ao setor de petróleo e gás em Moçambique, o que levou a uma maior necessidade de recursos humanos especializados.
Devido à escassez de recursos humanos com formação nas áreas de petróleo e gás, as multinacionais que operam neste setor são obrigadas a recorrer à mão de obra estrangeira.