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China pede fim dos exercícios militares norte-americanos na Coreia do Sul

A China voltou hoje a pedir aos Estados Unidos para pararem com os exercícios militares na Coreia do Sul, num momento em que existe um agravamento do clima de tensão entre Washington e o regime norte-coreano.

China pede fim dos exercícios militares norte-americanos na Coreia do Sul
Notícias ao Minuto

18:11 - 26/04/17 por Lusa

Mundo Apelo

"A continuação dos testes nucleares viola as resoluções da ONU, mas as manobras militares em redor da península [coreana] não respeitam as resoluções da ONU", declarou hoje o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterando o apelo para o fim dos exercícios militares conjuntos dos exércitos americano e sul-coreano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês falava numa conferência de imprensa em Berlim após um encontro com o seu homólogo alemão, Sigmar Gabriel.

As autoridades de Seul anunciaram exercícios conjuntos com um porta-aviões americano que é aguardado em breve naquela região.

Washington mobilizou o porta-aviões nuclear USS Carl Vinson e respetiva escolta para a península coreana, onde deverá chegar até ao final da semana.

"O perigo que novos conflitos ecludam a qualquer momento é grande, é por essa razão que apelamos a todas as partes que mostrem sangue frio e evitem qualquer ação ou palavra que possa levar a novas provocações", declarou Wang Yi na capital alemã.

Questionado sobre os riscos de um eventual conflito armado, o ministro chinês considerou que "mesmo um risco de 1% não pode ser tolerado" porque uma guerra teria consequências "inimagináveis".

Pequim tem defendido nas últimas semanas uma solução que tem por base a ideia "suspensão contra suspensão", ou seja, o regime de Pyongyang deve interromper as suas atividades nucleares e balísticas e Washington deve parar com as manobras militares comuns com a Coreia do Sul, exercícios anuais considerados pela 'vizinha' Coreia do Norte como uma provocação.

Os Estados Unidos rejeitaram o plano chinês e voltaram a insistir que a China, um aliado tradicional de Pyongyang, pressione o regime norte-coreano, que tem intensificado os avisos e as ameaças a Washington. Responsáveis norte-americanos já avisaram que todas as opções, incluindo militares, estão "em cima da mesa".

Pequim, que continua a defender que a solução da mútua suspensão é "a única opção viável", desafiou Washington a avançar com "uma melhor proposta".

Sobre a influência de Pequim sobre o regime norte-coreano, o ministro chinês afirmou em Berlim que é limitada.

"A Coreia do Norte é um Estado soberano e deve decidir por si mesmo se quer ou não parar com as suas atividades nucleares", argumentou Wang Yi.

"Naturalmente, também acreditamos que estas atividades não são do interesse da Coreia do Norte", acrescentou o ministro, sublinhando que Pyongyang justifica as suas ações com a "ameaça americana".

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