Hollande vai votar em Macron para combater um risco chamado Le Pen
O Presidente francês, François Hollande, anunciou hoje que votará na segunda volta das presidenciais francesas, a 07 de maio, no independente Emmanuel Macron porque a candidata de extrema-direita Marine Le Pen representa "um risco" para o futuro do país.
© Reuters
Mundo França
"A presença da extrema-direita é uma vez mais um risco para o nosso país (...). Diante de tal risco, a mobilização impõe-se e a clareza de escolha. Pela minha parte, vou votar em Emmanuel Macron", declarou o Presidente socialista, numa intervenção solene no dia seguinte à realização da primeira volta das presidenciais francesas.
O Presidente cessante, que optou por não ir a votos e tentar um segundo mandato presidencial de cinco anos após uma governação marcada por recordes de impopularidade, advertiu, em especial, contra "um perigo de rutura com a União Europeia (UE)" em caso de uma vitória da líder da Frente Nacional, que defende a saída de França da zona euro e a realização de um referendo sobre a permanência francesa no bloco europeu.
Também alertou para as possíveis consequências do programa governativo de Le Pen na vida dos franceses: "Um poder de compra diretamente amputado", "a perda de milhares de postos de trabalho" e "um aumento de preços sem precedentes que irá atingir os mais frágeis".
"Perante a ameaça terrorista que exige a solidariedade e a coesão do nosso país, a extrema-direita irá dividir profundamente a França", acrescentou o chefe de Estado.
No domingo à noite, François Hollande felicitou, via telefone, Emmanuel Macron, que foi secretário-geral adjunto do Eliseu (sede da Presidência francesa) antes de ser ministro da Economia do governo socialista entre 2014 à 2016.
O liberal pró-europeu Emmanuel Macron, de 39 anos, venceu a primeira volta das presidenciais francesas com 24,01% dos votos, à frente da líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen que conseguiu 21,30% dos votos, segundo os resultados definitivos do escrutínio de domingo.
Segundos os resultados definitivos publicados hoje pelo Ministério do Interior francês, o candidato conservador François Fillon ficou na terceira posição com 20,01% dos votos, seguido pelo candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon com 19,58% dos votos.
Benoît Hamon, candidato do partido socialista françês (no poder), conseguiu pouco menos de 2,3 milhões de votos (6,36%), o valor mais baixo alguma vez registado por um candidato daquela força partidária.
Estes dados já incluem o voto dos cidadãos franceses que vivem no estrangeiro.
Num período de 15 anos, é a segunda vez que a extrema-direita francesa consegue colocar um candidato numa segunda volta de uma eleição presidencial.
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