"PS está em alta, mas portugueses devem muito a Passos Coelho"
Joaquim Jorge defende que convém não esquecer que foi PSD e CDS que tiraram o país da bancarrota.
© Joaquim Jorge
Mundo Joaquim Jorge
Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, faz uma análise do panorama político atual, relembrando a importância do governo anterior. Este Governo tem demonstrado que é possível "trabalhar com outros partidos de Esquerda", reconhece, fazendo, porém, questão de recordar o papel do anterior governo no país no panorama atual.
"O PS está em alta mas não nos podemos esquecer que quem tirou o país da bancarrota foi o PSD com o CDS", afirma, frisando que, "por vezes, em política a falta de memória atraiçoa-nos e há tendência para que tudo que está para trás não conta".
Na opinião do biólogo, salvo o "senão" de ter tentado ir além da troika, "os portugueses devem muito a Pedro Passos Coelho".
Mas mesmo com tantas medidas impopulares, salienta, "os portugueses deram-lhe a vitória: o PSD em 2015 venceu as eleições legislativas e teve o maior número de deputados 89, ao invés o PS teve 86".
Por outro lado, analisa Joaquim Jorge, António Costa, ao perder as eleições e depois de alguns problemas internos pela sucessão com António José Seguro, procurou um acordo à Esquerda como "única saída para a sua sobrevivência política". Porque, crê, de outro modo, duraria pouco tempo na oposição.
"A sua arte e engenho foi arquitectar um plano do PS com o BE e o PCP", constata, e "isso está a funcionar para o país e para a liderança do PS".
Joaquim Jorge diz não pretender "retirar mérito" ao atual Governo que criou um "ambiente distendido e de melhoria de confiança nos portugueses". Mas, reforça que convém pensar que os problemas existem e estão lá - défice, dívida pública, etc. "Não desaparecerem por obra e graça do Espírito Santo". E por isso, considera, seria uma "desonestidade inteletual" não reconhecer o esforço e a capacidade de tirar o país da bancarrota "levada a cabo pelo governo de Pedro Passos Coelho".
Joaquim Jorge defende que este Governo deveria reconhecer o que fez o anterior governo, para agora poder fazer o que faz. "O esquecimento é um fenómeno normal, por vezes, dá jeito", nota, sublinhando que passa a ideia de que "o anterior governo PSD é o vilão e o bom é este Governo PS". "Convém esclarecer tudo isto para as coisas ficarem no devido lugar", finaliza.
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