Oposição pede à comunidade internacional intervenção no Sudão do Sul
Seis grupos da oposição armada e política do Sudão do Sul pediram hoje à comunidade internacional, através de um comunicado, que intervenha de "forma imediata e urgente" no país para travar o "genocídio" causado pelas forças governamentais.
© Reuters
Mundo Comunicado
O grupo fez um apelo para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas reconheça o "genocídio" promovido pelo Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayadirt (da tribo Dinka), e a quem também acusam de tentar exterminar a população de outras etnias.
No comunicado, afirmam que no Sudão do Sul está a ocorrer "um dos piores crimes do século XXI", pois os grupos que não pertencem à tribo Dinka estão a ser "aniquilados" nas regiões do Alto Nilo, Equatorial e no oeste de Bahr al-Ghazal.
O grupo opositor elogiou as declarações dadas à imprensa na semana passada pelo secretário de Estado para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, Priti Patel, que descreveu a situação no país como "genocídio", durante uma visita a um campo de refugiados no Uganda.
A Comissão do Conselho de Direitos Humanos da ONU para o Sudão do Sul denunciou num relatório, publicado no mês de março, que no país se está a passar "um processo de limpeza étnica", além de outros crimes e violações dos direitos humanos, incluindo abusos sexuais.
A guerra no Sudão do sul começou em dezembro de 2013, depois do Presidente Salva Kiir acusar o então vice-presidente, Riek Machar (da etnia rival Nuer), de ter orquestrado um golpe de Estado contra a sua Presidência.
Apesar do Governo e da oposição, encabeçada por Machar, terem assinado um acordo de paz em agosto de 2015, a tensão continua e numerosas vozes advertem o perigo da situação tornar-se um genocídio.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com