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EUA "não hesitariam" em entrar numa Guerra Mundial

Os Estados Unidos da América de Donald Trump "não hesitariam" em participar num terceira guerra mundial assim como "é muito provável" que se envolvam em conflitos internos de países estrangeiros, acredita o historiador da Universidade de Northwestern Robert Wallace.

EUA "não hesitariam" em entrar numa Guerra Mundial
Notícias ao Minuto

15:15 - 05/04/17 por Lusa

Mundo Historiador

Em declarações à Lusa, o estudioso defendeu que ao contrário do que aconteceu na Primeira Grande Guerra (que durou de 1914 a 1918 e na qual os norte-americanos apenas entraram a 06 de abril de 1917) e na Segunda Guerra Mundial (que rebentou em 1934, tendo durado até 1945 mas a participação norte americana iniciou-se só em 07 de dezembro de 1941), os Estados Unidos liderados por Trump "entrariam de imediato" num conflito mundial.

No dia 06 de abril passam cem anos da entrada dos EUA na I Guerra Mundial mas hoje, Robert Wallace não acredita num novo conflito global, mas antes no lançamento de uma bomba atómica.

"Os Estados Unidos da América (EUA) não hesitariam em entrar num conflito mundial, entrariam de imediato, logo no início. A América atravessa uma fase estranha. Por um lado está a isolar-se, veja-se a politica de fronteiras ou anti-imigração, o recuo na Aliança do Atlântico Norte e, por outro, está fazer uma grande aposta no poderio militar", disse.

Para o professor, a "aposta" de Trump no "poderio militar" tem um objetivo: "Ganhar uma guerra, seja ela qual for. Ele quer estupidamente ganhar uma guerra e acha que pode, mas vai acabar por levar os EUA a viver um novo Vietname, ou um novo Afeganistão ou um novo Iraque", disse.

Robert Wallace acredita que Donald Trump vai levar os EUA a entrar em "conflitos internos" de países estrangeiros.

O senhor "Trump, que não tem propriamente noção do que está a fazer, está agora a começar a entrar numa aventura militar no estrangeiro, no Médio Oriente, em África. É muito provável que se venha a meter em conflitos internos, ele já está a mandar soldados, vidas norte-americanas para morrer nestas terras estrangeiras e longínquas e apenas porque sim", defendeu.

No entanto, o historiador não acredita que, "pelo menos a breve prazo", haverá um conflito mundial: "Acho que não haverá uma guerra. Acho que haverá o lançamento de uma bomba nuclear, seja pela Coreia do Norte, seja por um grupo terrorista", disse.

"Se um grupo terrorista mandar uma bomba para Jerusalém, o que acontecerá? Os Estados Unidos de Trump vão dizer que vão encontrar quem o fez e vão destrui-los. É o mais provável que aconteça", explanou.

Apesar da certeza num "novo conflito, não necessariamente global", o norte-americano apontou uma "janela de esperança" para os Estados Unidos da América.

"Felizmente, o secretário da defesa Norte-Americano [Jim Mattis] é um militar experiente e Trump prometeu deixar nas mãos dos militares as decisão militares e isso é um alivio. O "botão" está com o Trump mas ele prometeu deixar ser Mattis premi-lo. E ele [Mattis] é ponderado", referiu.

Isto porque, explicou, "ele (Donald Trump) apercebeu-se que não sabe nada sobre guerra e andou em escolas militares, respeita os militares, não respeita políticos mas respeita militares", tendo mesmo três generais na sua Administração.

"A nossa esperança é que sejam esses militares a impedi-lo de fazer qualquer coisa mesmo, mesmo doida", disse.

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