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Todos os membros da NATO concordam que devem cumprir compromissos

O secretário-geral da NATO afirmou hoje, em Bruxelas, que "todos" os aliados concordam que precisam de cumprir o compromisso que assumiram em 2014 de dedicar 2% do PIB à área da Defesa, tal como reclama a administração norte-americana.

Todos os membros da NATO concordam que devem cumprir compromissos
Notícias ao Minuto

16:14 - 31/03/17 por Lusa

Mundo Stoltenberg

Numa conferência de imprensa no final de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, na qual participou pela primeira vez o novo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, Stoltenberg admitiu também que está a ser estudada a possibilidade, avançada por Washington, de os aliados apresentarem planos nacionais, a detalhar como pretendem cumprir as metas em matéria de despesas na área da Defesa.

Apontando que a reunião de hoje permitiu fazer "bons progressos nos preparativos da cimeira" de chefes de Estado e de Governo da NATO que terá lugar em 25 de maio em Bruxelas, e na qual um dos principais temas será precisamente "como reforçar os laços transatlânticos para uma partilha de custos mais justa", Stoltenberg apontou que a exigência dos Estados Unidos é compreendida pelos restantes 27 aliados.

"Todos concordamos que temos de cumprir os compromissos assumidos" em 2014, na cimeira realizada no País de Gales, disse, acrescentando que "uma hipótese que está a ser analisada é a de planos nacionais", que compreendam três elementos: não só como é que cada membro da NATO tenciona cumprir a meta dos 2% do PIB destinados à área da Defesa, mas também quais os contributos que estão dispostos a dar a nível de capacidades e de operações e missões da Aliança.

Admitindo que o aumento da despesa na área da Defesa é reclamado de forma veemente por Washington, o secretário-geral da organização sublinhou todavia que os aliados devem fazê-lo, "não para agradar aos Estados Unidos", mas porque se trata de "um investimento na segurança da própria Europa".

O chefe de diplomacia norte-americano reforçou hoje a mensagem de Washington de que os Estados Unidos suportam uma "quota desproporcionada" em defesa, comparativamente ao esforço financeiro dos outros 27 membros da NATO, e disse esperar respostas até que o presidente norte-americano, Donald Trump, se desloque a Bruxelas para participar na cimeira de maio.

"O nosso objetivo deve ser acordar na reunião de líderes de maio que até ao final do ano todos os aliados já tenham atingido os seus compromissos ou posto em marcha programas que detalhem claramente como é que o vão fazer", declarou.

Segundo o novo secretário de Estado norte-americano, "os aliados que ainda não têm um plano concreto para consagrar 2% do PIB à defesa daqui até 2024 devem fazê-lo agora. Aqueles que já têm um programa para atingir 2% devem acelerar os seus esforços e mostrar resultados", reforçou, dirigindo-se aos outros 27 ministros dos Negócios Estrangeiros reunidos em Bruxelas.

Portugal esteve representado nesta reunião pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, em substituição de Augusto Santos Silva, de visita ao Brasil.

Na cimeira da NATO no País de Gales, os aliados comprometeram-se a, no espaço de 10 anos (até 2024), destinar 2% do Produto Interno Bruto a despesas militares, mas, de acordo com os dados do relatório de 2016 da Aliança Atlântica, publicado em 13 de março, no ano passado apenas cinco aliados atingiram ou ultrapassaram o objetivo acordado, designadamente Estados Unidos (3,61%), Grécia (2,36%), Estónia (2,18%), Reino Unido (2,17%) e Polónia (2,01%).

Nesta lista, Portugal surge na 12.ª posição entre os 28 Estados-membros, ao ter consagrado 1,38% do PIB a despesas na área da defesa, o que significa um aumento face a 2015 (1,32%) e a 2014 (1,31%), mas aquém dos valores registados entre 2009 (1,53%) e 2013 (1,44%).

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