Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 24º

Foi descoberto o maior polvo da Antártida. E teve ajuda de portugueses

Cientistas portugueses e neozelandeses encontraram e analisaram o maior polvo da Antártida, descoberta que vai contribuir para compreender uma das áreas marinhas do planeta da qual ainda se "conhece muito pouco".

Foi descoberto o maior polvo da Antártida. E teve ajuda de portugueses
Notícias ao Minuto

10:53 - 29/03/17 por Lusa

Mundo Redes Sociais

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e do National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA), na Nova Zelândia, "analisou o maior polvo alguma vez encontrado na Antártida", anunciou a Universidade de Coimbra (UC), numa nota enviada hoje à agência Lusa.

O polvo gigante 'megaleledone setebos' foi capturado a bordo do navio Antarctic Discovery, no Mar de Dumont D'Urville, na Antártida, em janeiro de 2017, onde José Queirós estava a realizar recolha de amostras para a sua tese de mestrado em ecologia, refere a UC.

Com 115 centímetros de comprimento e 18,5 quilogramas de peso, "este polvo é considerado o maior indivíduo alguma vez capturado na Antártida", onde, "até agora, só tinham sido encontrados cefalópodes desta espécie" com o comprimento máximo de 90 centímetros.

O exemplar, que foi "imediatamente congelado", só "recentemente foi analisado, na Nova Zelândia, por José Xavier (supervisor de José Queirós e coordenador de projetos de ciência Antártica na UC) e colegas do NIWA".

Para o cientista polar José Queirós esta descoberta foi uma surpresa porque a sua investigação "incide em estudar o papel do bacalhau da Antártida na cadeia alimentar antártica e perceber o que eles comem".

"Aparecer num anzol um polvo destas dimensões foi algo que ninguém esperava", sublinha ainda o estudante e investigador da UC.

Por seu lado, José Xavier, coordenador do projeto, destaca que "esta descoberta, dentro de um projeto internacional que envolveu cientistas de Portugal, Nova Zelândia, Japão e Austrália, é mais uma peça do puzzle para ajudar a perceber o que existe na Antártida".

A Antártida é "uma das áreas marinhas do planeta que se conhece muito pouco", salienta José Xavier, adiantando que foram recolhidas "amostras do polvo para compreender melhor a sua biologia, o seu habitat, fisiologia e o que come".

O polvo gigante foi doado ao Museu Te Papa, em Wellington, na Nova Zelândia.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório