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Sudão abre "corredor humanitário" para combater fome no Sudão do Sul

O Sudão anunciou hoje que vai abrir um "corredor humanitário" para distribuir ajuda alimentar a milhares de pessoas que sofrem de fome no Sudão Sul, que se separou do norte em 2011.

Sudão abre "corredor humanitário" para combater fome no Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

21:03 - 26/03/17 por Lusa

Mundo Ajuda

O Sudão do Sul, a nação mais jovem do mundo, declarou a fome em algumas partes do Estado de Unidade, afirmando que cem mil pessoas passam fome e um milhão está à beira da fome.

"O Governo do Sudão concordou em abrir um corredor humanitário para levar ajuda às pessoas afetadas pela fome em Unidade e em Bahr El Ghazal", afirmou em comunicado a Comissão Humanitária Sudanesa.

O corredor será usado para fazer chegar ajuda, a partir da cidade de El-Obeid, no centro do Sudão, até Bentiu, uma cidade no Estado de Unidade atingida pela fome, disse, acrescentando que a presidência sudanesa ordenou a entrega de 10 mil toneladas de sorgo -- um alimento básico nos dois países -- através do corredor.

As Nações Unidas saudaram a decisão do Sudão de abrir o corredor de ajuda, afirmando que tal gesto demonstra o "compromisso" de Cartum para com o povo do Sudão do Sul.

"Esta decisão também ocorre num momento crítico, imediatamente antes da época das chuvas, que começa em maio e normalmente deixa as estradas intransitáveis", disse Marta Ruedas, membro da Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenadora humanitária no Sudão.

O novo corredor de ajuda permitirá a entrega atempada de comida e reduzirá a dependência de operações aéreas mais dispendiosas, refere a ONU.

O Programa Mundial de Alimentação planeia entregar 11 mil toneladas de sorgo esta semana em sete comboios de camiões, que se espera alimentem 300 mil pessoas durante três meses.

Pelo menos 7,5 milhões de pessoas no Sudão do Sul -- cerca de dois terços da população -- precisam de assistência humanitária, afirma a ONU.

O Sudão acolhe atualmente mais de 350 mil refugiados sul sudaneses, que chegaram desde que a guerra civil rebentou no seu país, em dezembro de 2013, de acordo com a ONU.

Funcionários da ONU afirmam que dezenas de milhares são esperados chegar ao Sudão nos próximos meses.

O conflito do Sudão do Sul rebentou depois de o Presidente Salva Kiir ter acusado o seu rival e ex-deputado Riek Machar de estar a planear um golpe.

Grupos de ajuda combatem a fome "causada pelo homem", devido ao conflito que obrigou as pessoas a fugir, destruiu a agricultura, elevou os preços, e interrompeu a ajuda de agências em algumas das áreas mais atingidas.

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