Londres volta a ser palco de terror protagonizado por 'lobo solitário'
No dia em que se assinalava um ano dos ataques a Bruxelas, mais um ato terrorista foi perpetrado. Londres voltou a ser palco do terror: três pessoas morreram, além do atacante, e 29 receberam assistência hospitalar, sendo que sete estão em estado crítico.
© Reuters
Mundo Atentado
Um carro, várias pessoas abalroadas. Acidente ou intencional?
Começava assim a tarde de ontem, em Londres, com o pânico a invadir os britânicos que assistiam ao terror que se espalhava pelas ruas de Westminster. Rapidamente as imagens chegaram a todo o mundo e fizeram lembrar o acidente de Berlim e de Nice, onde várias pessoas foram abalroadas por viaturas descontroladas.
Para os mais atentos havia ainda mais um facto a somar: assinalava-se ontem um ano dos atentados no aeroporto de Bruxelas.
Os receios viriam a confirmar-se e a polícia britânica rapidamente anunciava que este não era apenas um acidente. Tratava-de um ataque terrorista, perpetrado por um homem cuja identidade está ainda por descobrir. Para já, ficou conhecido como ‘lobo solitário’. Assim o apelida a imprensa britânica.
O homem seguia num Hyundai i40 cinzento na ponte de Westminster quando subiu o passeio e abalroou várias pessoas. Acabaria por colidir com um gradeamento junto ao Parlamento, entrando depois a correr pelos portões e atacando um polícia com uma faca. Foi abatido no momento, mas não sem antes ter roubado mais uma vida.
Imediatamente, toda a cidade ficou em alerta e não demorou muito para que a polícia britânica assumisse que o incidente se trataria de um ataque terrorista. As autoridades viriam, entretanto, a revelar os números do ataque, sendo que o mais recente balanço dá conta de que quatro pessoas morreram, 29 pessoas receberam assistência hospitalar, estando sete em estado crítico. Entre as vítimas mortais estão o autor do ataque, que acabou por ser abatido pela polícia, uma mulher que perdeu a vida vítima do atropelamento e o agente que foi esfaqueado pelo terrorista.
Entre os feridos está um português, que sofreu apenas ferimentos ligeiros. Francisco Lopes, de 26 anos, contou que o atacante seguia a “cerca de 25 quilómetros por hora” e que teve "muita sorte" por ter ficado apenas com alguns cortes.
Imagens do terrorista, já morto, começaram a surgir na imprensa e nas redes sociais. As primeiras indicações diziam tratar-se de Trevor Brooks, de 41 anos. Homem de origem jamaicana que se converteu ao islamismo e mudou o seu nome para Abu Izzadeen. Era conhecido pelos seus discursos de ódio.
Contudo, mais tarde, a polícia viria a assumir que continua por desvendar a identidade do atacante. Abu Izzadeen está afinal preso, a cumprir pena por incentivar o ódio e angariar fundos para causas terroristas, não podendo por isso tratar-se do homem que ontem acabou por ser abatido.
Na tentativa de descobrir quem é, afinal, o atacante de Londres, a polícia realizou buscas durante esta noite num apartamento em Birmingham. Segundo testemunhas, este seria o apartamento onde vivia o suspeito. Sete pessoas foram detidas.
Durante o dia de hoje, prosseguem as investigações. Londres continua em alerta máximo e assim deverá manter-se durante os próximos dias. Isto, apesar de o chefe da unidade antiterrorista da polícia de Londres, Mark Rowley, considerar que, até ao momento, não foram detetadas evidências que apontem para "novas ameaças terroristas".
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