Polícia turca deteve mais de duas mil pessoas por suspeitas de terrorismo
As autoridades turcas detiveram na última semana mais de 2.000 pessoas no decurso de operações antiterroristas, informou hoje o ministério do Interior em comunicado publicado na sua página da internet.
© Reuters
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Metade dos suspeitos, 999 pessoas segundo a nota oficial, foram detidos em 230 operações distintas contra uma "organização terrorista separatista", a designação atribuída pelas autoridades turcas ao proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia.
Outras 966 pessoas foram detidas em operações contra a confraria do predicador exilado Fethullah Gülen, que o Governo turco acusa de ter instigado o fracassado golpe de Estado de 15 de julho, e que denomina de "Organização terrorista Fethullah Gülen" (FETÖ).
Foram ainda detidas mais 28 pessoas por supostas ligações a grupos de extrema-esquerda e outras 70 por suspeitas de vínculos ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), em operações dirigidas a "combatentes estrangeiros", que alegadamente tentam juntar-se a este grupo na Síria através da Turquia.
Estes números são um pouco superiores aos divulgados até ao momento por via oficial. Desde o início de 2017 que a polícia turca deteve, todas as semanas, entre 1.000 e 1.800 pessoas sob acusações de terrorismo.
Em paralelo, as autoridades turcas anunciaram a prisão de três pessoas supostamente relacionadas com o ataque terrorista de dezembro contra um mercado de Natal em Berlim, enquanto um tribunal enviou hoje para prisão preventiva outro suspeito, detido há nove dias sob a mesma acusação.
As detenções ocorreram no aeroporto de Atatürk em Istambul, onde a polícia intercetou três homens supostamente envolvidos no ataque, indicou o diário Hürriyet ao citar fontes do ministério turco do Interior.
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