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Presidente polaco assina lei que oposição diz ser antidemocrática

O Presidente polaco, Andrzej Duda, assinou uma lei sobre encontros públicos que introduz restrições denunciadas pela oposição como antidemocráticas.

Presidente polaco assina lei que oposição diz ser antidemocrática
Notícias ao Minuto

11:40 - 19/03/17 por Lusa

Mundo Andrzej Duda

O Presidente, próximo dos conservadores no poder, assinou este texto na sequência de um acórdão do Tribunal Constitucional que considerou na quinta-feira o texto conforme a lei fundamental, segundo um comunicado divulgado no sábado pela Presidência.

A nova lei dá nomeadamente prioridade aos "encontros periódicos" - uma manifestação organizada de forma repetitiva no mesmo local, como as organizadas, todos os meses, pelos conservadores no poder do Direito e Justiça (PiS) para comemorar a morte do Presidente Lech Kaczynski em abril de 2010.

Segundo o PiS, a nova lei permitirá assegurar a segurança dos participantes.

Este é o primeiro acórdão do Tribunal Constitucional depois de este ter sido reestruturado pelo Governo conservador, que passou a contar a partir de agora com uma maioria de juízes apoiantes da sua causa.

A oposição denunciou a aprovação da nova lei, tanto na substância, como na forma, considerando que a decisão do Tribunal foi ilegalmente tomada sem a participação de juízes nomeados antes da chegada ao poder dos conservadores há um ano e meio e do início do conflito em torno deste mais alto tribunal.

O comissário dos direitos humanos do Conselho da Europa, Nils Muiznieks, deplorou num 'tweet' que "a luz verde do Tribunal Constitucional à lei sobre as manifestações periódicas é uma restrição inútil à liberdade das reuniões públicas".

A nova lei impõe uma distância de pelo menos 100 metros entre manifestações periódicas concorrentes.

Para a oposição, esta disposição impede um "diálogo de rua", limitando assim a liberdade de expressão e não tem senão como objetivo proteger as reuniões dos apoiantes do PiS para comemorar o acidente aéreo de Smolensk em 10 de abril de 2010, do qual resultaram 96 mortos, incluindo o Presidente Kaczynski e a mulher.

A catástrofe está no centro de um conflito político sempre atual, com o PiS a atribuir a "responsabilidade moral" desate acidente aéreo aos liberais de Donald Tusk, atualmente presidente do Conselho Europeu.

Para entrar em vigor, o texto ainda tem de ser publicado no jornal oficial polaco.

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