"É adequado reunirmo-nos aqui todos os anos para celebrar São Patrício e o seu legado. Ele também era um imigrante, claro", disse Kenny.
São Patrício, patrono da Irlanda, terá nascido no século IV no País de Gales, oeste da Grã-Bretanha, e sido levado para a Irlanda.
"E no entanto é, claro, o santo padroeiro da Irlanda e, para muitas pessoas em todo o mundo, é também um símbolo, um patrono, dos imigrantes", acrescentou Kenny.
Cerca de 35 milhões de norte-americanos afirmam ter ascendência irlandesa, pelo que sucessivos presidentes dos Estados Unidos se associam há muito às celebrações do Dia de São Patrício, recebendo o primeiro-ministro irlandês na Casa Branca.
Na sua intervenção, Trump não se referiu aos imigrantes, mas elogiou a Irlanda como "um grande país" e os irlandeses como "rijos".
O Dia de São Patrício coincide, este ano, com a data em que o decreto de Trump proibindo a entrada nos EUA de cidadãos de seis países de maioria muçulmana devia entrar em vigor, se não tivesse sido suspenso por um juiz federal.
Kenny, criticado antes da viagem por aceitar ser recebido por Trump, referiu-se várias vezes à questão da imigração.
"Os irlandeses contribuíram para a vida económica, social, política e cultural deste grande país ao longo dos últimos 200 anos", disse.
Os irlandeses foram para os Estados Unidos "porque, privados de liberdade, de oportunidades, de segurança e até de alimentos, acreditaram, décadas antes de a Estátua da Liberdade acender a sua tocha, que eram 'os miseráveis rejeitados de suas terras abundantes'", prosseguiu Kenny, citando parte do poema inscrito na estátua.
"Acreditámos no abrigo da América, na compaixão da América e na oportunidade da América. Viemos e tornámo-nos americanos", concluiu.
