NATO encoraja Holanda e Turquia a mostrarem "respeito mútuo"
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, encorajou hoje Holanda e Turquia a mostrarem "respeito mútuo", sublinhando que os Aliados devem concentrar-se nas ameaças comuns, e não em questões que os dividam.
© Reuters
Mundo Secretário-geral
Numa conferência de imprensa em Bruxelas, de apresentação do relatório anual da NATO referente a 2016, quando questionado sobre a tensão diplomática atual entre membros da organização -- entre Turquia e Holanda, mas também entre Ancara e a Alemanha -, Stoltenberg sublinhou que se trata de "uma questão bilateral", mas admitiu que tem estado em contacto com as autoridades holandesas e turcas, às quais tem apelado à calma.
"Não vou entrar em detalhes, mas a minha mensagem tem sido a mesma: um debate robusto está no cerne da nossa democracia, mas o respeito mútuo também. Encorajo por isso todos os aliados a mostrarem respeito mútuo, a terem calma, e a inverterem a escalada das tensões. Penso que é importante concentrarmo-nos nas ameaças comuns exteriores, e não em questões que nos dividam", declarou.
Segundo o secretário-geral da Aliança Atlântica, as partes devem ter em mente que "a presença da NATO na Turquia é boa para a Turquia, mas também para a Aliança", e é do interesse de todos "trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios e as ameaças comuns".
"Penso que é importante que dialoguemos e compreendamos que nos apoiamos uns aos outros", reforçou.
As relações diplomáticas entre Holanda e Turquia deterioraram-se muito nos últimos dias, depois de dois ministros do governo turco terem sido impedidos de participarem nos comícios sobre o referendo à Constituição organizados pela comunidade turca na Holanda.
A ministra dos Assuntos Familiares foi escoltada pelas autoridades holandesas, acabando por abandonar o país, e o ministro dos Negócios Estrangeiros foi impedido de entrar na Holanda.
Logo após os acontecimentos que envolveram os ministros turcos, o presidente Recep Tayyip Erdogan disse que iria retaliar contra a Holanda e que o "nazismo está vivo no Ocidente".
O referendo sobre a revisão constitucional na Turquia, anunciado na sequência da intentona militar de 2016, pretende reforçar os poderes presidenciais a Erdogan.
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