Rússia e China vetam sanções contra Síria por ataques com armas químicas
A Rússia e a China vetaram hoje um projeto de resolução da ONU que previa sanções contra a Síria pela utilização de armas químicas no conflito que afeta aquele país há quase seis anos.
© EPA
Mundo Damasco
Na votação realizada hoje no Conselho de Segurança da ONU, o projeto de resolução, apresentado pelo Reino Unido, França e Estados Unidos, recebeu nove votos favoráveis e três votos contra (China, Rússia e Bolívia).
O Cazaquistão, Etiópia e o Egito abstiveram-se.
Washington, Paris, Londres, Pequim e Moscovo são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e têm todos poder de veto.
Na semana passada, a Rússia, aliada tradicional do regime de Damasco, já tinha anunciado o seu veto ao projeto de resolução.
É a sétima vez que Moscovo utiliza o seu poder de veto para proteger o regime de Bashar al-Assad de sanções da ONU. Em seis dessas ocasiões, a China apoiou o veto russo.
Algumas horas antes da votação, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que era inoportuno impor sanções à Síria em pleno processo de negociações de paz entre a oposição síria e o regime de Damasco.
A guerra na Síria já fez mais de 310.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados, desde 2011.
"Esta resolução é muito oportuna", afirmou a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley, diante dos membros do Conselho de Segurança, após a votação.
"É um dia triste para o Conselho de Segurança quando os membros começam a encontrar desculpas para outros Estados-membros que matam o seu próprio povo. O mundo está definitivamente mais perigoso" após esta rejeição, acrescentou a embaixadora.
O projeto de resolução rejeitado hoje previa sanções contra 11 responsáveis sírios, principalmente chefes militares, e 10 organismos, todos com ligações a pelo menos três ataques com armas químicas, em 2014 e 2015. Estes ataques visaram as cidades sírias de Tell Mannas, Qmenas e Sarmin.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com