Equador: Candidato pró-governamental não evita segunda volta
O candidato oficial Lenín Moreno obteve mais de um milhão de votos que o seu rival conservador Guillermo Lasso nas presidenciais de 19 de fevereiro no Equador, uma vantagem insuficiente para evitar uma segunda volta, marcada para 02 de abril.
© Reuters
Mundo Presidenciais
O portal do Conselho nacional eleitoral (CNE) informou hoje que foi concluída a contagem nas 41.042 assembleias de voto para as eleições presidenciais, com os resultados a reafirmarem que Moreno Obteve 39,36% dos votos, disputando a segunda volta com Lasso, que obteve 28,09%.
De acordo com o portal do CNE, Moreno, do movimento pró-governamental Alianza País (AP, esquerda bolivariana), superou Lasso, do partido político liberal Criando Oportunidades (CREO), ao obter 3.716.343 votos, contra 2.652.403 votos para o candidato opositor.
O sistema eleitoral equatoriano prevê uma segunda volta das presidenciais caso nenhum dos candidatos consiga obter 40% dos sufrágios, e com uma margem de pelo menos 10 pontos percentuais de vantagem face ao segundo.
O CNE indicou que a candidata social-cristã Cynthia Viteri obteve a terceira posição com 16,32%, e com os restantes cinco candidatos às presidenciais abaixo dos 10 por cento.
Cerca de 12,8 milhões de equatorianos foram convocados para renovar os poderes executivo e legislativo e responder a uma consulta popular.
Vão decidir no dia 02 de abril qual o sucessor do Presidente Rafael Correa, que abandona o cargo em 24 de maio após dez anos no poder.
Correa já se mostrou confiante na vitória do seu candidato e vice-presidente do Equador nas decisivas eleições de abril.
"Faltou-nos meio ponto, aproximadamente 60.000 votos para definir as eleições em apenas uma volta", disse durante uma intervenção no sábado, onde pediu aos seus apoiantes que se mobilizem para a segunda volta "onde vamos vencer com uma vantagem de dois milhões de votos".
Numa sondagem para a empresa Cedatos difundida no final da semana passada, Lasso obtinha 52,1% dos votos válidos, enquanto outro estudo recente atribui a Moreno 47,9% dos votos válidos.
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