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Missão da ONU lança ataque aéreo contra grupo armado

A missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, em que Portugal participa com 160 militares, lançou no domingo um ataque aéreo contra um grupo "fortemente armado" perto de Bambari (centro), anunciou fonte oficial.

Missão da ONU lança ataque aéreo contra grupo armado
Notícias ao Minuto

12:50 - 27/02/17 por Lusa

Mundo RCA

"Cerca de 40 elementos da coligação dirigida pela Frente Popular para o Renascimento da Centro-África [FPRC], fortemente armados com [espingardas] AK47 e RPG [granadas lançadas por foguetes], foram localizados no domingo de manhã a poucos quilómetros de Bambari", afirma a Missão Integrada Multidimensional de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA), em comunicado.

A missão das Nações Unidas interveio "entre as 08:00 e as 10:00" locais (menos uma hora em Lisboa) "para impedir a progressão ofensiva da coligação", adianta, referindo que é desconhecido o balanço da operação aérea.

No entanto, um porta-voz da MINUSCA disse à agência France-Presse que a missão alertou a Cruz Vermelha Internacional para a possibilidade de haver feridos.

Esta é a segunda vez, em várias semanas, que as forças da ONU intervêm contra homens armados que tentam avançar sobre esta cidade no centro do país.

A região tem sido palco de um aumento da violência, devido ao conflito entre o FPRC e um grupo rival, a União para a Paz na Centro-África (UPC), que se opõem por causa de impostos cobrados a pastores, da etnia Fulani, que percorrem o país nesta altura do ano.

Na terça-feira, a MINUSCA anunciou que quatro dos seus militares foram feridos por combatentes do FPRC na aldeia de Ippy, cerca de 100 quilómetros a noroeste de Bambari.

No fim-de-semana passado, helicópteros da ONU abriram fogo sobre cerca de 300 homens que avançavam em direção a Bambari, em carrinhas abertas com armas automáticas.

"A MINUSCA recorda que utilizará todos os meios à sua disposição para evitar uma escalada da violência que coloque em perigo a vida das populações civis", lê-se no comunicado.

Na sequência desta ofensiva, o Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou aos grupos armados para que "parem imediatamente os combates" e para que se juntem ao "diálogo para a paz e reconciliação".

As Nações Unidas enviaram cerca de 12 mil pessoas para a República Centro-Africana para restaurar a estabilidade, após os conflitos de 2013 na sequência da deposição do então Presidente, François Bozizé, pelos rebeldes Seleka.

Portugal tem, neste país, 160 militares, dos quais 111 são Comandos, no âmbito da participação na MINUSCA, além de mais 11 homens envolvidos na missão da União Europeia.

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