Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
22º
MIN 15º MÁX 22º

Hospital de Macau refuta erro médico em caso de paciente com trauma

O único hospital público de Macau descartou a possibilidade de erro no diagnóstico e tratamento de um paciente com um grave trauma, após queixas de familiares na sequência de uma segunda opinião clínica.

Hospital de Macau refuta erro médico em caso de paciente com trauma
Notícias ao Minuto

12:46 - 25/02/17 por Lusa

Mundo Carreira

O caso remonta a fevereiro de 2016, altura em que um homem, de 65 anos, deu entrada na urgência com um trauma grave na cabeça provocado por um acidente de trabalho, estando em causa o tratamento a que foi submetido pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) que, na sexta-feira, realizou uma conferência para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Segundo declarações reproduzidas nas redes sociais chinesas, com base em relatos de familiares, o paciente foi diagnosticado erradamente, mas o diretor do CHCSJ, Kuok Cheong U, garantiu que não foi detetado qualquer erro após investigação interna na sequência das queixas apresentadas em cartas ao hospital, Serviços de Saúde e Secretário da tutela.

Dado que o relatório clínico foi avaliado e reportado ao Secretário e se considera estar tudo em conformidade, o hospital deu o caso como fechado, cabendo à família decidir se pretende avançar com uma queixa para os tribunais.

Segundo dados facultados pelo CHCSJ, após entrar na urgência, o diagnóstico do paciente, em coma profundo, foi de traumatismo crânio-encefálico grave e hérnia cerebral, pelo que foi submetido a uma intervenção cirúrgica urgente -- drenagem de hematoma subdural e craniotomia descompressiva.

Essa operação foi "bem-sucedida" e o paciente ficou fora de perigo, segundo o CHCSJ. Após tratamento na Unidade de Cuidados Intensivos, e depois da traqueostomia, foi encaminhado para a enfermaria geral. Mas, entretanto, sempre segundo o hospital, verificou-se "acumulação do fluido subdural e infeção do sistema nervoso central" e, após tratamento, incluindo drenagem externa, ambas as situações foram "controladas".

Novas complicações surgiram gradualmente, como hidrocefalia, pelo que, em maio, o paciente foi submetido à derivação ventrículo-peritoneal.

Segundo explicam, em comunicado, os Serviços de Saúde, o estado do paciente estabilizou e melhorou face ao período anterior às operações, apesar de ainda estar em coma, pelo que "era necessário um tratamento de reabilitação" e o doente foi

Após discussão e consentimento da família, o doente foi transferido para o Centro de Reabilitação da Federação das Associações dos Operários de Macau, de acordo com a mesma fonte.

A família decidiu, no entanto, pedir uma opinião a um especialista de Hong Kong e, segundo as declarações divulgadas nas redes sociais, um médico da região vizinha afirmou que uma das operações não tinha sido bem-sucedida, pois "a pressão do tubo de drenagem estava muito baixa, levando a que as duas partes do cérebro ficassem inclinadas para um dos lados do mesmo" e "o tubo de drenagem tinha bloqueado, perdendo a respetiva função".

O CHCSJ garante que adiou a derivação ventrículo-peritoneal até a infeção intracraniana ficar completamente controlada, porque, caso contrário, poder-se-ia expandir e causar uma grave peritonite --, afirmando que não a fez apenas depois de os familiares terem relatado as recomendações do hospital de Hong Kong, como referido, e que uma nova TAC demonstra que essa cirurgia foi "bem-sucedida".

"O tratamento e o diagnóstico do hospital atendem às regras convencionais do tratamento da neurocirurgia", reiterou o CHCSJ, manifestando-se disponível para voltar a receber o paciente que precisamente na sexta-feira foi novamente operado, desta feita, no Kiang Wu.

Segundo explicado em conferência de imprensa, a intervenção naquele hospital privado de Macau serviu para voltar a colocar o dreno, que terá sido removido em Hong Kong após aconselhamento.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório