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Atocha: 'Cérebro' dos ataques expulso de Espanha será julgado em Marrocos

O marroquino Youssef Belhadj, considerado o "cérebro" dos atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, será julgado em Marrocos, depois de ter cumprido 12 anos de prisão em Alicante e posteriormente ter sido expulso de Espanha.

Atocha: 'Cérebro' dos ataques expulso de Espanha será julgado em Marrocos
Notícias ao Minuto

17:31 - 22/02/17 por Lusa

Mundo Youssef Belhadj

A informação foi adiantada à agência espanhola EFE por uma fonte policial marroquina, que precisou que Belhadj, depois de expulso de Espanha no dia 28 de janeiro, foi detido mal chegou ao aeroporto de Salé, perto da capital marroquina.

Belhadj - condenado como "autor moral" dos atentados de Atocha - cumpriu integralmente uma pena de 12 anos no módulo de isolamento da cadeia de Villena (Alicante).

Além de Belhadj, foi também considerado culpado da autoria moral dos crimes - o maior atentado na história de Espanha e da Europa, tendo causado 193 mortos - Hassan El Haski, que acabaria por cumprir pena em Itália.

Um terceiro homem foi apontado como autor moral do atentado: Rabei Osman El Sayed, "Mohamed, o Egípcio", detido também em Itália e extraditado para Espanha.

Nos atentados de Atocha, dez engenhos explosivos foram colocados em quatro comboios suburbanos de Madrid. As explosões causaram a morte a 192 pessoas (um polícia, a 193.ª vítima, acabaria por morrer dias depois, quando os operacionais terroristas se fizeram explodir no seu esconderijo ao serem cercados pelas autoridades). Mais de 1.800 pessoas ficaram feridas nas explosões.

Belhadj, o cérebro do massacre, foi detido na Bélgica em fevereiro de 2005 e extraditado para Espanha dois meses depois. O marroquino foi o porta-voz dos terroristas numa gravação de vídeo deixada dois dias depois dos atentados num caixote do lixo perto de uma mesquita em Madrid.

Considerado o "porta-voz militar da Al Qaeda na Europa", foi Youssef Belhajd quem arrendou o apartamento de Leganés onde os terroristas islâmicos ultimaram os preparativos, onde se refugiaram e onde se fizeram explodir ao ser cercados pela polícia.

Tal como Hassan El Haski e Rabei Osman El Sayed, Youssef Belhajd enfrentava uma pena de 38.952 anos de prisão, mas acabou por cumprir apenas 12 anos porque a Audiência Nacional considerou-o inocente de participação direta no 11-M.

Durante o julgamento, Youssef Belhajd negou todas as acusações, inclusive que tenha sido ele a reivindicar os atentados na gravação de vídeo, e classificou como "injusta" a acusação de "conspiração para cometer delito terrorista".

Condenados também pelos atentados de Atocha foram Jamal Zougam e Otman El Gnaoui, a 42.922 e a 42.924 anos, respetivamente, como autores materiais do crime, bem como Saed El Harrak, Fouad El Morabit e Mouhanad Almallah Dabbas, condenados a 12 anos de prisão.

Belhadj foi o primeiro autor moral dos atentados de 11 de Março a sair da prisão.

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