Conselho judicial turco expulsa 227 juízes e funcionários
O Alto-Conselho do Poder Judicial da Turquia (HSYK) ordenou hoje a expulsão de 227 juízes e funcionários judiciais por suspeitas de ligações ao predicador exilado Fethullah Gülen, que Ancara responsabiliza pelo golpe de Estado falhado de julho.
© Reuters
Mundo Golpe de Estado
O vice-presidente do HSYK referiu à agência noticiosa turca Anadolu que os visados já se encontravam suspensos dos seus cargos e foram agora expulsos da carreira após serem analisados os seus telefones móveis e aparelhos eletrónicos, onde terão sido detetadas provas de relações com a confraria de Gülen.
A medida foi decidida no âmbito do estado de emergência decretado na sequência do golpe falhado, e não pode ser impugnada perante a justiça.
Desde o golpe militar falhado de 15 de julho já foram afastados da carreira judicial 3.886 juízes e funcionários, enquanto 4.176 foram investigados por suspeitas de vínculos ao Hizmet (Serviço), a confraria de Gülen e designada pelas autoridades de Ancara Organização Terrorista Fethullah Gülen (FETÖ).
A destituição de juízes e funcionários judiciais foi uma das primeiras medidas adotadas pelo Governo após o golpe, com o afastamento de 2.745 magistrados na manhã do dia 16 de junho de 2016, quando ainda decorriam confrontos em alguns quartéis.
Hoje foram ainda detidos preventivamente um ex-juiz e dois ex-inspetores judiciais por acusações de vínculos a Gülen, exilado nos Estados Unidos desde 1999 e cuja extradição é exigida por Ancara.
Esta decisão coincidiu com o início do processo em Mugla (oeste do país), de 47 suspeitos de terem tentado assassinar o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, num complexo hoteleiro na costa do Egeu durante a tentativa de golpe de 15 de julho.
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