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Presidente são-tomense quer mais "esforço interno" para desenvolver país

O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, apelou hoje ao Governo para apostar mais nos "esforços internos e na vontade política" para desenvolver o país, dado que a ajuda pública ao desenvolvimento está a tornar-se cada vez "mais fraca".

Presidente são-tomense quer mais "esforço interno" para desenvolver país
Notícias ao Minuto

14:57 - 17/02/17 por Lusa

Mundo Evaristo Carvalho

Em discurso por ocasião dos cumprimentos de ano novo do corpo diplomático acreditado em São Tomé e Príncipe, o chefe de Estado são-tomense disse que o grau de dependência da ajuda externa do seu país e a fraca capacidade financeira dos parceiros não devem impedir o arquipélago de continuar a trabalhar para o desenvolvimento.

"O grau de dependência externa do país no que diz respeito à ajuda pública ao desenvolvimento, aliado à fraca capacidade da comunidade internacional em suportar o nível e o ritmo dos desembolsos, não encerra em si mesmo a impossibilidade de o país continuar a trilhar o caminho do desenvolvimento", disse Evaristo Carvalho.

Por isso, o chefe de Estado apelou ao executivo para contar "com os esforços internos e a vontade política" para fazer crescer o país.

O Presidente são-tomense lembrou a necessidade "reformar a sociedade são-tomense" tornando-a "mais livre, mais justa e mais próspera".

Evaristo Carvalho reafirmou que tem trabalhado com o Governo e outras instituições do Estado "num clima de perfeita solidariedade e de lealdade institucional" que considerou necessários "juntamente com a estabilidade social para garantir um desenvolvimento harmonioso e o concurso da ajuda pública internacional e do investimento direto estrangeiro".

O chefe de Estado mostrou-se preocupado com a situação dos refugiados "oriundos de várias partes do mundo" e os migrantes que "por motivos diversos arriscam e muitas vezes perdem as suas vidas em busca de um futuro melhor".

Evaristo Carvalho referiu-se igualmente a necessidade de revisão do mandato dos capacetes azuis da República Democrática do Congo e na República Centro Africana "no sentido de forçar as diferentes fações armadas a aceitarem a paz, elegendo a via do diálogo na resolução dos conflitos".

O Presidente apelou os governos africanos para "reforçar a capacidade operacional dos seus exércitos" na luta contra o Boko Haram na Nigéria, Chade, Camarões e no Níger, contra o Estado Islâmico na Líbia e ramificações da Al-Qaida no Mali e Burkina Faso.

Evaristo Carvalho expressou "firme desejo na urgente" reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas "como fator de estabilidade e no funcionamento das suas instituições e por conseguinte proporcionador de paz entre as Nações Unidas".

"Este passo fundamental que deve, entre outras medidas, permitir maior representatividade do continente africano que nestas ultimas décadas e depois de ter-se livrado do colonialismo, continua a braços com conflitos armados que têm provocado milhões de mortes", sublinhou o Presidente são-tomense.

No discurso proferido no salão nobre do palácio presidencial, o chefe de Estado são-tomense apelou ao reforço das capacidades das organizações continental de cariz cultural, científica e ambiental na difusão de uma matriz de valores universalmente aceites, capazes de proporcionar um mundo melhor, mais tolerante e mais acolhedor".

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