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Recrutador francês do Estado Islâmico extraditado da Turquia para França

Um jihadista francês que diz ser "um arrependido" do grupo extremista Estado Islâmico (EI) foi hoje à noite extraditado da Turquia, onde foi preso ao regressar da Síria, para França, indicou fonte próxima do processo.

Recrutador francês do Estado Islâmico extraditado da Turquia para França
Notícias ao Minuto

23:29 - 20/01/17 por Lusa

Mundo Justiça

Kevin Guiavarch, de 24 anos, tinha ido para a Síria em 2012, onde se suspeita ter sido recrutador do EI, antes de abandonar as fileiras do grupo jihadista, enviando uma carta às autoridades francesas na qual se dizia "arrependido".

Este elemento do jihadismo francês, alvo de um mandado de captura internacional, será presente a um juiz no sábado, com vista à sua acusação.

Na Síria, juntou-se primeiro à Frente Al-Nusra, o braço sírio da Al-Qaida, antes de integrar o grupo Estado Islâmico.

Igualmente suspeito de ter desempenhado um papel no financiamento da organização jihadista, a ONU incluiu-o a 23 de setembro de 2014 na sua lista negra dos combatentes mais perigosos, a quem eram impostas sanções internacionais e proibições de viajar.

Em junho de 2016, ele abandonou a Síria com as suas quatro mulheres e os seus seis filhos, endereçando uma carta às autoridades francesas em que dizia ser "um arrependido" do EI. Foi detido na Turquia e encarcerado enquanto aguardava julgamento.

Algumas semanas depois de terem expulsado as quatro mulheres de Guiavarch para França - onde foram acusadas de "associação criminosa relacionada com uma organização terrorista" e encarceradas entre outubro e novembro de 2016 -, as autoridades turcas finalmente decidiram entregar o 'jihadista' às autoridades francesas.

Segundo uma fonte próxima do processo, "os regressos de jihadistas são raros, muitos são mortos em combate e os regressos são impedidos pelo EI".

O jovem, de origem bretã, ter-se-á convertido aos 14 anos. A justiça francesa interessou-se por ele em 2014, após a partida de uma menor, originária de Troyes, para a Síria. A adolescente acabou por ser recuperada pela família na Alemanha, mas a investigação concluiu que ela tinha sido recrutada, através das redes sociais, pelo jihadista.

Agora em território francês, as autoridades esperam que ele possa fornecer informações preciosas sobre o organigrama e o financiamento do EI.

Cerca de 700 franceses encontram-se atualmente no Iraque e na Síria combatendo nas fileiras do grupo Estado Islâmico, segundo as autoridades francesas, e mais de 200 jihadistas franceses morreram na Síria.

A 31 de dezembro de 2016, 348 pessoas tinham sido acusadas em França de associação criminosa relacionada com uma organização terrorista.

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