"Não existe simplesmente nenhuma justificação (...) para a insistência do Congresso em manter esta prisão aberta", escreveu o Presidente dos Estados Unidos numa carta divulgada pela Casa Branca, na véspera da saída de Obama do cargo.
"A história fará um julgamento severo sobre este aspeto da nossa luta contra o terrorismo e aqueles que não conseguiram pôr-lhe um fim", escreveu Obama.
Reafirmando a sua convicção de que é possível encerrar aquela prisão sem que tal represente um perigo e poupando dinheiro aos contribuintes, Barack Obama voltou a exortar os políticos para agirem.
"Guantánamo é contrário aos nossos valores e diminui o nosso 'status' no mundo", concluiu, sublinhando ser "mais do que tempo de pôr fim a este capítulo da história norte-americana".
O Presidente não conseguiu manter a promessa de fechar esta prisão situada na ilha de Cuba e que, para muitos países do mundo, representa um excesso da luta antiterrorista dos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Conseguiu, contudo, reduzir o número de presos. Quando entrou em funções, em janeiro de 2009, Guantánamo tinha 242 presos e atualmente tem 40.
Durante a campanha eleitoral, o Presidente eleito, Donald Trump, mostrou vontade de manter a prisão aberta e de a encher "com os maus".