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Linguista chinês, pai do 'pinyin', morre aos 111 anos

O linguista chinês Zhou Youguang, considerado o pai do "pinyin", a forma romanizada do mandarim mais popular, morreu hoje em Pequim, um dia depois de fazer 111 anos, informou o portal da Internet Sina.com.

Linguista chinês, pai do 'pinyin', morre aos 111 anos

© Wikimedia Commons

Lusa
14/01/2017 20:20 ‧ há 8 anos por Lusa

Nascido na China, na dinastia Qing, a 13 de janeiro de 1906, Zhou é o responsável pelo sistema que facilita o estudo intricado do mandarim tanto para as crianças como para os estudantes estrangeiros e cuja existência foi vital para que os milhares de caracteres do mandarim pudessem ser introduzidos facilmente em computadores e telemóveis.

O perito licenciou-se em Economia na Universidade de Saint John de Xangai nos anos 20 do século XX e só depois se interessou pelos estudos linguísticos.

Viveu no Japão e nos Estados Unidos e regressou à China, em 1949, quando se fundou a República Popular e Mao Zedong confiou a Zhou a liderança de uma comissão para reformar o idioma e o tornar mais acessível à população para reduzir o analfabetismo.

O linguista passou três anos a desenvolver o sistema "pinyin", que foi publicado em 1985 como um complemento de ajuda para o estudo dos caracteres chineses.

Apesar de não ter estatuto de escrita oficial numa China onde se considera que os caracteres chineses são património cultural insubstituível, o "pinyin" com alfabeto latino é muito habitual na vida diária e pode ver-se em lugares como os mapas do metro, sinais de trânsito ou manuais escolares para crianças.

Antes do "pinyin", cerca de 85% da população chinesa era analfabeta, mas a reforma do idioma contribuiu, juntamente com as política educativas, para que na atualidade praticamente toda a população do país saiba ler e escrever.

A partir da década de 1980, Zhou trabalhou em áreas como a tradução da Enciclopédia Britânica para mandarim e publicou vários livros sobre o idioma e outras matérias, alguns dos quais proibidos no seu país, já que nos últimos anos de vida se converteu num crítico à repressão cultural do regime comunista.

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