“Espero que nos consigamos divertir. No pior dos cenários, vou morrer numa explosão e vou ter com a minha mãe”. É este o conteúdo de uma das últimas publicações de Rita Chami no Facebook.
A publicação poderia não ser mais do que uma piada de mau gosto, não fosse o facto de a jovem libanesa ter morrido na noite da passagem de ano em Istambul. Rita estava com o noivo, Elias Wardini, na discoteca onde um terrorista entrou e disparou sobre a multidão, matando 39 pessoas.
Ambos com 26 anos, estudavam na Universidade Americana de Ciência e Tecnologia do Líbano e viajar era uma das suas paixões. Na entrada de 2017, escolheram a discoteca Reina para uma noite de diversão que acabou por ser fatal.
Na sua página na rede social, a jovem publicou ainda um poema árabe relativo àqueles que já partiram e que estarão “sempre lá” e “em torno de nós”.
Rita Chami acabaria por morrer a 1 de janeiro depois de ser atingida com vários tiros disparados pelo homem que agiu em nome do Estado Islâmico. Também o noivo morreu baleado na discoteca, quando interrompeu a fuga para a tentar salvar.