China diz que Hong Kong não deve ser usada para subverter o país
Um dirigente chinês advertiu Hong Kong de que a China não vai permitir que ninguém use a cidade para prejudicar a estabilidade do país, depois de nos últimos meses terem aumentado as tensões sobre o emergente movimento pró-independência.
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Mundo Dirigente
As tensões intensificaram-se na antiga colónia britânica e atual região administrativa especial chinesa depois de dois jovens pró-independência, durante os seus discursos de tomada de posse como deputados, terem usado palavras consideradas difamatórias para a China, comprometendo-se a servir a "nação de Hong Kong".
Numa entrevista à televisão estatal CCTV no domingo, o diretor do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central em Hong Kong, Zhang Xiaoming, disse que controlar o movimento pró-independência na cidade requer o reforço da "consciência de fundo" entre a população.
"Em relação a Hong Kong, ninguém é autorizado a envolver-se em qualquer tipo de atividade que prejudique a soberania e segurança nacional, ou que desafie a autoridade do governo central ou a Lei Básica de Hong Kong, ou a usar Hong Kong para infiltrar e subverter a estabilidade social e política do interior da China", disse Zhang.
"Estes são as três linhas de fundo", acrescentou.
As autoridades do Partido Comunista chinês têm visto com alarme a emergência dos políticos pró-independência, apesar de apenas uma minoria dos residentes de Hong Kong apoiar tal movimento.
Antiga colónia britânica, ocupada durante a Guerra do Ópio, em meados do século XIX, Hong Kong é desde julho de 1997 uma Região Administrativa Especial da China.
Segundo a fórmula "um país, dois sistemas", adotada também em Macau, as políticas socialistas em vigor no resto da China não se aplicam no território e, exceto nas áreas da Defesa e Relações Externas, o território goza de "um alto grau de autonomia".
O desaparecimento no ano passado de cinco livreiros conhecidos por publicarem livros sobre a vida privada dos líderes políticos chineses gerou a condenação da comunidade internacional e aumentou os receios de muitos residentes de Hong Kong quando, meses mais tarde, os cidadãos desaparecidos apareceram presos no interior da China.
Ao abrigo do atual sistema eleitoral, o líder do Governo de Hong Kong é selecionado por um colégio eleitoral de 1.200 membros representativos dos vários setores sociais.
O impopular líder da cidade, Leung Chun-ying, também conhecido por CY Leung, e considerado por muitos dos seus críticos como um "fantoche" de Pequim, disse no mês passado que não voltaria a concorrer ao cargo de chefe do Executivo.
Regina Ip, antiga secretária para a Segurança, e o juiz na reforma Woo Kwok-hing, são as duas candidaturas apresentadas ao cargo até à data.
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