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Acabou 'caça' ao homem mais procurado na Alemanha. Anis foi morto

O tunisino de 24 anos terá passado por França antes de ser interpelado, esta madrugada, em Milão (Itália), onde viria a morrer. O ISIS já confirmou que Anis Amri foi o autor do atentado ao mercado de Natal que provocou 12 mortos.

Notícias ao Minuto

14:33 - 23/12/16 por Andrea Pinto

Mundo Terrorismo

Acabou, esta madrugada, a 'caça' ao homem que esta segunda-feira matou 12 pessoas e feriu outras 48 quando sequestrou um camião de matrícula polaca e abalroou um mercado de Natal, em Berlim, na Alemanha.

Foram precisos quatro dias para que o homem, que já tinha antecedentes criminais, fosse apanhado muito longe do local onde perpetrou o ataque terrorista.

Tudo começou ao final da tarde da passada segunda-feira, dia 19, quando um camião abalroou um mercado de Natal na praça Breitscheidplatz, em pleno centro de Berlim.

O que inicialmente poderia tratar-se apenas de um acidente, levou muitos a temer o pior devido ao 'modus operandi' semelhante ao ataque terrorista em Nice, perpetrado também com um camião.

E isso mesmo viria a comprovar-se, com a polícia e o governo alemães a revelarem que estavam a investigar o caso como se de um ataque terrorista se tratasse, e detiveram momentos depois um jovem refugiado de nacionalidade paquistanesa, como sendo o principal suspeito do ataque.

Mas no dia seguinte, a polícia viria a justificar que o detido era, afinal “o homem errado”. Entretanto, o ISIS reivindicava o ataque e confirmava as suspeitas.

Após a conclusão da investigação ao camião, que pertencia a uma empresa polaca, a polícia viria a encontrar a identificação do verdadeiro suspeito dentro da viatura. Os documentos pertenciam a Anis Amri, um tunisino de 24 anos, que chegou à Alemanha em 2015 e que terá pedido asilo ao país. Estaria a ser vigiado uma vez que já se suspeitava que tinha ligações ao Estado Islâmico.

Anis terá cometido hijacking contra o dono do camião, que lutou até ao fim, mas acabou por ser abatido a tiro pelo tunisino. Na altura as autoridades afirmaram que se tratava de uma pessoa possivelmente “perigosa” e que estaria “armada”. Lançou um mandado internacional e ofereceu uma recompensa de 100 mil euros a quem encontrasse o suspeito.

Após mais dois dias de buscas, a caça ao homem terminou, provavelmente onde menos se esperava. Esta manhã a imprensa ‘acordava’ com a notícia de que Anis teria sido visto em Aalborg, na Dinamarca. Mas poucos minutos depois desta informação, surgia a notícia de que Anis Amri tinha sido abatido.

O jovem viajou até Itália de comboio. Foi esta madrugada interpelado por dois polícias durante uma operação de controlo da polícia. Anis terá sacado de uma arma, na mochila que transportava, e alvejou um dos polícias, depois de gritar "Allah Akbar". No mesmo momento, o outro polícia abatia o suspeito.

Apesar de Anis já estar morto desde a madrugada, só esta manhã o governo italiano confirmou a sua morte, após confirmar as suas impressões digitais. Também o ISIS garantiu, horas mais tarde, que o homem abatido em Milão foi o autor do ataque ao mercado de Natal em Berlim.

"O atacante de Berlim realizou um novo ataque contra uma patrulha da polícia italiana em Milão e foi morto num tiroteio", refere o grupo jihadista num comunicado divulgado pela sua agência de propaganda Amaq.

A questão que agora se coloca é como é que o governo alemão e a Europa deixaram circular livremente no Continente um homem que já estava indiciado por ligação ao grupo terrorista. Saliente-se que, Anis terá ainda passado por França antes de rumar a Itália.

Para já, e como o próprio ministro do interior italiano afirmou, as pessoas podem ter um Natal “mais tranquilo”, um vez o homem mais procurado dos últimos dias, foi morto.

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