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Sobe para 41 o número de mortos por beberem loção de banho

Pelo menos 41 pessoas morreram nas últimas 24 horas na cidade siberiana de Irkutsk depois de ingerir loção de banho, à base de álcool metílico e flores, como se fosse um licor, informaram hoje as autoridades russas.

Sobe para 41 o número de mortos por beberem loção de banho
Notícias ao Minuto

15:27 - 19/12/16 por Lusa

Mundo Sibéria

"Até ao momento, descobriu-se que pelo menos 57 pessoas beberam o líquido tóxico, 41 uma destas morreram", declarou o procurador local Stanislav Zubovski, citado pelos meios de comunicação russos, atualizando o número de mortos.

O responsável acrescentou que este balanço de mortos pode aumentar, já que ainda não foram concluídas as investigações para determinar o círculo de pessoas que ingeriram a loção, assim como encontrar os seus domicílios.

Diante da gravidade da situação, o autarca de Irkutsk , Dmitri Berdnikov, declarou hoje estado de emergência na cidade e anunciou a proibição provisória da venda de todo tipo de líquidos que contenham álcool, menos as bebidas alcoólicas certificadas.

O comité de instrução da Rússia instaurou um processo penal por intoxicação coletiva e ordenou a apreensão do produto, que na sua etiqueta indica claramente que é somente para uso externo.

Os mortos são homens e mulheres entre 35 e 50 anos e residiam no bairro Novo-Lenin de Irkutsk.

A maioria acabou por morrer nos hospitais locais, mas algumas das vítimas morreram em suas casas.

O primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, ordenou o endurecimento do controlo da comercialização de todos os produtos que contenham álcool.

Os meios de comunicação e especialistas russos sublinharam que com a grave crise económica que a Rússia vive, desde 2014, os russos têm menores rendimentos e não conseguem comprar bebidas alcoólicas certificadas.

Diante deste cenário, a população consome líquidos que contenham álcool, como colónias, loções, limpa vidros, entre outros.

Isto aumenta o número de intoxicações mortais, especialmente nas épocas festivas como o Natal, quando dispara o consumo de álcool.

Esta prática era muito comum no final da União Soviética e durante os primeiros anos da era pós-soviética, quando o país vivia uma profunda crise que o quase levou ao colapso.

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