Guterres pronto "para seguir passos de Ban Ki-Moon" e "estabelecer a paz"
António Guterres discursou na Assembleia -geral da ONU após prestar juramento sobre a Carta das Nações Unidas.
© Getty Images
Mundo ONU
O antigo primeiro-ministro português tornou-se oficialmente, esta segunda-feira, o 9.º secretário-geral da ONU após prestar juramento sobre a Carta das Nações Unidas, numa cerimónia na assembleia-geral da organização em Nova Iorque, Estados Unidos.
No discurso de tomada de posse, António Guterres salientou a necessidade de trabalhar "com os povos e com os líderes internacionais" para responder às necessidades de todos e para "estabelecer a paz".
O novo secretário-geral da ONU declarou-se "determinado em ser guiado pelos propósitos e princípios" da Carta das Nações Unidas, após ter prestado juramento perante a assembleia-geral da organização.
"Estou muito honrado pela confiança que os Estados-membros depositaram em mim e determinado em ser guiado pelos propósitos e princípios da Carta", declarou Guterres, no início do seu discurso.
Guterres lembrou, ainda, que quando há 20 anos prestou juramento como primeiro-ministro em Portugal, o mundo estava numa onda de otimismo”, diferente ao que se vive nos dias de hoje. Lembrando as desigualdades, a pobreza, e as guerras, o português defendeu que “é preciso ir ao encontro das necessidades” de todas as pessoas, e que está preparado para neste “mundo complexo” trabalhar com “os povos e os líderes internacionais”.
“Está na hora de mudar”, atirou, defendendo que “hoje estamos aqui pela paz.
Considerando que “o medo” é o que está a “orientar as pessoas em todo o mundo”, o português referiu que uma das coisas que mais teme “tem a ver com a incapacidade de evitar e prevenir as guerras”. Contudo, garantiu “estar pronto” a empenhar-se “para exercer os meus bons ofícios para estabelecer a paz”.
"A prevenção é o que os fundadores das Nações Unidas nos pediram para fazer. É a melhor forma de salvar vidas e de reduzir o sofrimento humano. Onde a prevenção falha, devemos fazer mais para resolver conflitos", considerou, lembrando conflitos onde é necessário "mediação, arbitragem e diplomacia criativa", como a Síria, Iémen e Sudão do Sul.
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