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Líder da extrema-direita austríaca vai recandidatar-se à Presidência

O candidato da extrema-direita à Presidência da Áustria, Norbert Hofer, anunciou hoje, após uma derrota inesperada, que voltará a candidatar-se daqui a seis anos, quando terminar o mandato do vencedor e se realizar nova eleição.

Líder da extrema-direita austríaca vai recandidatar-se à Presidência
Notícias ao Minuto

17:05 - 06/12/16 por Lusa

Mundo Norbert Hofer

Hofer fez o anúncio da recandidatura em 2022 no final de uma contagem dos boletins de voto dos ausentes que, somados aos votos depositados no domingo, fizeram aumentar ligeiramente a margem entre o seu resultado total e o do candidato vitorioso, Alexander Van der Bellen, um professor de Economia liberal e pró-europeu.

O vencedor, que assumirá o cargo em janeiro de 2017, obteve quase 54% dos votos, ao passo que Hofer recolheu pouco mais de 46%.

As sondagens indicavam que seria uma eleição demasiado renhida para se poder prever o vencedor, e a votação foi ansiosamente acompanhada pelo centro político da Europa, que a encarou como um teste da força populista noutros países da União Europeia (UE) que propõem fortes candidatos eurocéticos a eleições no próximo ano.

Hoje, Hofer e outras figuras de topo do seu Partido da Liberdade tentaram lidar graciosamente com a derrota, que é, para ele, a segunda que sofre em menos de um ano para Van der Bellen.

O escrutínio de domingo foi uma repetição, marcada depois de uma magra vitória de Van der Bellen, em maio, ter sido apontada como viciada pelo Partido da Liberdade e, em resultado disso, anulada por uma ordem judicial.

Afirmando que todas as outras forças políticas da Áustria se juntaram para impedir a vitória de Hofer, o líder do partido, Heinz-Christian Strache, descreveu a eleição como uma luta "entre David e Golias, em que David quase venceu".

"Nunca antes se verificou uma tal mobilização contra um candidato", declarou à imprensa.

Por seu lado, Hofer disse que tinha sido retratado de forma injusta como alguém que defende a saída da Áustria da UE. Em vez disso, frisou: "Eu defendo que apoiemos o desenvolvimento positivo da União Europeia, afastando-nos de uma união política e aproximando-nos de uma federação de Estados pouco rígida e principalmente centrada na cooperação económica.

Embora muitos austríacos sejam críticos em relação à UE, a maioria quer que o país continue a fazer parte dela, e os comentários de Hofer refletiram a posição ambígua do seu partido eurocético quanto à pertença ao bloco comunitário.

Pouco depois do referendo britânico que decidiu a saída do Reino Unido da UE ('Brexit'), Hofer disse que conseguia imaginar um referendo semelhante na Áustria daqui a um ano "se a União se desenvolver de forma errada".

Entre os apoiantes do Partido da Liberdade incluem-se os grupos neonazis do país, e conta também com partidos de extrema-direita de outros países da Europa como aliados.

Na Áustria, é agora a maior força política, beneficiando com o desencanto generalizado em relação aos partidos políticos instalados para atrair cidadãos com ideias moderadas -- uma conquista que Hofer tentou enfatizar, descrevendo o seu partido como "à direita do centro, mas não extrema-direita".

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