"Houve turbulência, depois apagaram-se as luzes e caímos"
O voo que transportava a equipa de Chapecoense e cerca de 20 jornalistas caiu e vitimou mortalmente 71 pessoas.
© Reprodução ‘Fantástico’ da TV Globo
Mundo Sobreviventes
Erwin Tumiri, o comissário de bordo que sobreviveu à queda do avião onde seguia a equipa de Chapecoense, deu uma entrevista ao programa ‘Fantástico’ da TV Globo e esclareceu alguns pormenores sobre o voo e a queda do avião.
“Foi como um pesadelo, nem eu mesmo acreditava”. Foi desta forma que o tripulante descreveu o acidente e a forma como tudo aconteceu.
O comissário conseguiu salvar a sua colega de profissão, Ximena Suarez, e retirá-la do local dos escombros. Contudo, o medo de que o avião explodisse fez com que se afastassem o mais rapidamente possível. Erwin Tumiri ainda tentou ajudar outra pessoa, mas o seu corpo não correspondeu.
“Avisaram que íamos aterrar, uma aterragem normal”, garantiu o comissário de bordo, referindo que ninguém sabia que estavam perante um possível acidente. Nesta senda, Erwin explicou que nunca proferiu declarações sobre a aterragem com os procedimentos de segurança, já que esses não existiram pois não houve avisos prévios.
Ao recordar o momento antes do acidente, Erwin Tumiri revelou que estava a aprender português com o treinador Caio Júnior pouco antes do acidente.
“Estava a falar com o treinador Caio Júnior, que estava a ensinar-me a falar português, quando o comandante disse para apertarmos os cintos. Houve turbulência, mas pensávamos que estava tudo normal, depois apagaram-se as luzes e caímos”, resumiu, relembrando o momento trágico.
O sobrevivente da queda do avião referiu que não tinha informação de que a viagem iria até Medellin, sendo que o previsto no plano de voo seria parar em Cobija. “No momento da descolagem voltei a perguntar ‘Vamos até Cobija, não é?’. ‘Não, vamos diretos a Medellin’, respondeu o comandante”.
O comissário disse ainda que a LaMia é que tinha dados sobre o peso e o combustível correspondente, explicando que apenas faz o abastecimento que é pedido. Neste caso encheu o depósito, o que não chegava para haver uma taxa de segurança até Medellin. “Supus que eles soubessem o que faziam”, frisou.
No fim da entrevista, já sem perguntas, Erwin Tumiri afirma que quer visitar Chapecó quando estiver melhor de saúde, pois sente que deve algo àquelas pessoas.
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