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ACNUR pede à União Europeia "profunda reforma" do sistema

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) apelou hoje a uma "profunda reforma" no modo como a Europa se relaciona com os refugiados, incluindo do sistema de asilo europeu

ACNUR pede à União Europeia "profunda reforma" do sistema
Notícias ao Minuto

12:59 - 05/12/16 por Lusa

Mundo Migrações

O apelo é feito num documento que o ACNUR apresentou hoje à União Europeia, intitulado 'Melhorar a Proteção dos Refugiados na UE e Globalmente', onde propõe que seja dado "um apoio mais estratégico e orientado aos países de origem, asilo e trânsito" dos refugiados.

Sugerida é ainda a revisão dos planos de contingência para dar resposta a grandes fluxos de refugiados e migrantes e a criação de "um sistema de asilo mais eficiente e melhor gerido".

"O ano passado, a Europa não conseguiu dar uma resposta coletiva e organizada aos desafios colocados pela chegada de mais de um milhão de refugiados e migrantes", considera o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, citado num comunicado.

Grandi assinala que o resultado foi "cenas de caos nas fronteiras" e "uma quebra de confiança do público na capacidade dos governos para gerirem a situação", o que jogou a favor "de quem queria transformar os refugiados em bodes expiatórios".

"É importante que os Estados membros da UE mostrem, através de uma ação coletiva, que a Europa é capaz" de fazer diferente, defende o responsável da ONU.

O ACNUR contribui apresentando no seu documento "uma visão prática sobre a forma como" uma melhor proteção dos refugiados pode ser conseguida.

Entre as propostas apresentadas pela agência da ONU estão "medidas específicas para dar resposta às razões pelas quais os refugiados fogem" e "um sistema simplificado de asilo que identificasse, registasse e processasse as chegadas de forma rápida e eficiente", indica o comunicado.

Tal permitiria igualmente "recuperar a confiança pública", segundo o ACNUR.

É ainda proposta a "priorização do reagrupamento familiar", "um mecanismo de distribuição para os Estados membros sob pressão devido ao elevado número de chegadas" e "um sistema eficiente para o regresso de pessoas" quando é esse o caso.

"Este é o momento para uma nova visão do envolvimento da Europa com a crise global dos refugiados", defende Grandi, adiantando que "a História demonstrou que a Europa é mais forte quando aborda os seus desafios em conjunto".

"Acredito firmemente que isso ainda é possível hoje", diz ainda o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

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