Renzi demite-se. "A esperança do meu governo acaba aqui"
Primeiro-ministro italiano admitiu a derrota no referendo deste domingo.
© Reuters
Mundo Itália
Os 51 milhões de eleitores italianos foram hoje chamados às urnas para dizer ‘sim’ ou ‘não’ à reforma constitucional que, entre outras coisas, retira a função legislativa ao senado.
E a resposta foi clara: o ‘não’ recolheu entre 58 a 60% dos votos, o que se traduz numa derrota do primeiro-ministro Matteo Renzi.
O Chefe de Estado dirigiu-se esta noite aos italianos para admitir a derrota no referendo e anunciar a sua demissão.
“Perdi e digo-o com voz alta e com tristeza, porque não sou um robot”, começou por dizer o Chefe de Estado italiano que garantiu ter feito o “possível” para alcançar uma vitória neste referendo que contou com uma afluência às urnas na ordem dos 68,4%.
No comando do governo italiano há quase três anos, Matteo Renzi cumpriu o que havia prometido durante a campanha: demitir-se em caso de derrota.
“A esperança do meu governo em mudar [a política] acaba aqui. Eu queria eliminar as muitas cadeiras do Senado, mas a cadeira que salta é a minha”, frisou.
Aquele que foi o mais novo primeiro-ministro da história governativa italiana voltou a frisar que “é necessário mudar” e que “não é possível continuar a acreditar num sistema que é criticado por todos, mas que ainda assim não muda”.
Perante o cenário que dá 59,5% de votos ao ‘não’ e 40,5% ao ‘sim’ pela mudança constitucional, Matteo Renzi anunciou que vai reunir amanhã o Conselho de Ministros, seguindo depois para o Palácio do Quirinal apresentar a sua demissão ao Presidente Sergio Mattarella.
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