Venezuela considera "golpe de Estado" suspensão do Mercosul
A Venezuela qualificou hoje de "golpe de Estado" e de agressão a sua suspensão do Mercosul pelos outros países-membros deste bloco económico, alegando desrespeito de Caracas pelas regras de adesão.
© Getty Images
Mundo MERCOSUL
"É um golpe de Estado e uma agressão verdadeiramente grave contra a Venezuela", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Delcy Rodríguez, numa conferência de imprensa.
A suspensão da Venezuela foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra.
Na última quinta-feira, os quatro países fundadores do Mercado Comum do Sul (Mercosul) - Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai - informaram que a Venezuela deixa de exercer os seus "direitos inerentes" como um membro do bloco regional, depois de ter infringido as obrigações assumidas no Protocolo de Adesão.
O Mercosul decidiu que se a 1 de dezembro a Venezuela não tivesse em dia com as regras de adesão, como, por exemplo, as regras de tarifas comuns e à livre circulação de bens, o país seria suspenso indefinidamente, ficando na mesma situação da Bolívia que participa no Mercosul, mas não tem direito a voto.
Inicialmente, a ministra venezuelana negou a suspensão do país.
"A Venezuela continua a fazer parte do #Mercosul e continua na presidência pro tempore [temporariamente] desse corpo", escreveu no Twitter.
Delcy Rodríguez também frisou que supostas acusações de alguns Estados-membros do Mercosul são proibitivas e que a Venezuela "não se vai cansar de dizer que atendeu 90% do quadro regulamentar do Mercosul".
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