Kellie Leitch, uma das deputadas conservadoras que se candidataram à direção do Partido Conservador do Canadá, recorreu às redes sociais Twitter e Facebook para criticar a mensagem de Trudeau.
Leitch, que se destacou pela sua proposta de analisar os futuros imigrantes no Canadá para determinar se aceitam "os valores canadianos", disse que "Trudeau teve hoje a oportunidade de defender a liberdade e a dignidade humana, mas preferiu defender um ditador brutal".
Outro candidato à liderança do Partido Conservador, Maxime Bernier, pronunciou-se de forma semelhante.
"Não posso crer que o nosso primeiro-ministro expresse o seu 'profundo pesar' e lhe chame 'lendário revolucionário' e 'líder extraordinário'", escreveu Bernier no Twitter.
A partir de Madagáscar, onde se encontra a participar na Cimeira da Francofonia, Trudeau emitiu hoje um comunicado expressando as suas condolências pela morte de Fidel, no qual dizia: "Foi um líder extraordinário que serviu o seu povo durante quase meio século".
"Um lendário revolucionário e orador, Castro fez significativos melhoramentos na educação e saúde da sua nação insular", acrescentou.
O chefe do executivo canadiano aproveitou para recordar a relação de amizade que Fidel manteve com o seu pai, Pierre Trudeau.
"Sei que o meu pai tinha muito orgulho de o considerar um amigo e tive a oportunidade de me encontrar com Fidel quando o meu pai morreu. Também foi uma verdadeira honra reunir-me com os seus três filhos e o seu irmão, o Presidente Raúl Castro, durante a minha recente visita a Cuba", disse o primeiro-ministro.
Outra líder conservadora, Lisa Raitt, escreveu no Facebook que "com as suas palavras, Justin Trudeau se colocou do lado errado da história, contra milhões de cubanos que anseiam pela liberdade".
Por seu turno, a líder interina do Partido Conservador, Rona Ambrose, emitiu um comunicado dizendo: "Os meus pensamentos e orações estão com o povo de Cuba, que continua a sofrer com o seu regime opressivo mesmo após a sua morte".