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Como um TPC resolveu desaparecimento, um óbito e um roubo de identidade

Um jovem a investigar a família para um trabalho sobre genealogia, na Florida, acabou por resolver o desaparecimento de um homem num outro Estado, 23 anos antes. Como consequência, anulou um óbito e acabou com um roubo de identidade. Uma história mirabolante.

Notícias ao Minuto

16:40 - 28/10/16 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Estados Unidos

Richard Hoagland desapareceu no dia 10 de fevereiro de 1993 de Indianapolis, no estado de Indiana (EUA). Para trás, e sem qualquer pista ou indicação do que pudesse ter acontecido, ficou a mulher, Linda Iseler, e dois filhos, na altura com nove e seis anos de idade.

No dia do desaparecimento, conforme descreveu Iseler ao ABC News, disse apenas que ia ao hospital porque se sentia doente e não mais voltou. Não levou passaporte, nem uma peça de roupa, nem qualquer objeto pessoal, simplesmente desapareceu.

Mais tarde, as autoridades descobriram o carro de Richard abandonado no Aeroporto Internacional de Indianapolis,mas não encontraram qualquer registo de que o homem pudesse ter apanhado um avião. O último contacto da família com o desaparecido foi no verão do mesmo ano, quando os dois rapazes receberam um cartão de aniversário com 50 dólares (pouco mais de 45 euros) para cada um.

A falta de explicação para o sucedido até levou a que a polícia tivesse desconfiado da mulher. “Interrogaram-me por várias vezes”, indicou Iseler.

Há uns meses, 23 anos depois do desaparecimento de Richard (e 13 anos após ser dado como morto), Iseler recebeu uma chamada da polícia da Florida.

“Perguntaram-me se sabia quem era Richard Hoagland e eu disse que era o meu ex-marido. E ele diz: ‘Está aqui detido’”, afirmou Linda. Era a primeira vez que ouvia notícias do marido em 23 anos.

Richard não havia sido raptado, nem sequer estava morto. Fugiu de casa e alugou um quarto ao pai de Terry Symansky, um pescador que morreu num acidente em 1991. Ao descobrir a certidão de óbito do pescador, roubou-a. Usando a identidade de Terry Symansky, comprou uma casa, voltou a contrair matrimónio e teve um filho.

O esquema foi descoberto este ano por um sobrinho do verdadeiro Symansky, que decidiu investigar a história da família para um projeto escolar sobre genealogia e, inadvertidamente, apurou que o seu tio, falecido em 1991, tinha voltado a casar.

Richard Hoagland está, neste momento, em prisão preventiva enquanto aguarda julgamento. Foi acusado de roubo de identidade, entre outras acusações.

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