Exército venezuelano vai fiscalizar empresas de alimentos e medicamentos
As Forças Armadas Venezuelanas (FAV) vão iniciar na sexta-feira uma "fiscalização de todas as empresas" que produzem e comercializam alimentos e medicamentos no país, anunciou hoje o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López.
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A fiscalização terá lugar no mesmo dia em que a oposição tem convocada uma greve-geral de 12 horas, em protesto pela decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de suspender a realização de um referendo revogatório do mandato do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e para pressionar para que o Chefe de Estado abandone o cargo.
"Vai iniciar-se uma fiscalização de toda a agro-indústria, de todos os processos e centros de distribuição, rede de farmácias, laboratórios, de toda a produção de alimentos, ou seja, de todo o quadro comercial e de todo o processo distributivo, que deve estar ativo no dia de amanhã (sexta-feira), porque devemos garantir que os alimentos cheguem ao povo", disse.
Vladimir Padrino López falava durante um encontro com comandantes das Regiões Estratégicas de Defesa Integral da Venezuela (REDI) e das Zonas Operacionais de Defesa Integral (ZODI), que decorre em Caracas, ao abrigo da "sessão permanente" do Conselho de Defesa convocado pelo Presidente Nicolás Maduro, durante o qual estão a ser avaliados procedimentos de segurança e defesa do país.
A fiscalização, explicou, tem como propósito garantir também que "os medicamentos e matérias-primas cheguem aos hospitais" e que a rede de "comercialização de produtos esteja funcionando completamente".
"Além disso, iniciei a ativação dos Comités Operacionais de Produção Operária (COPOS), criados conjuntamente com o Ministério do Trabalho e a Milícia Bolivariana, para que sejam os próprios trabalhadores a garantir o funcionamento de todas as instâncias às que me referi", frisou.
O anúncio de Vladimir Padrino López tem lugar horas depois de o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (o partido do Governo), anunciar que o exército tomará o controlo das empresas que se juntarem à greve geral convocada pela oposição para sexta-feira.
"Falei com o Presidente [Nicolás Maduro]: as empresas que pararem [serão] tomadas pelos trabalhadores e as forças armadas", disse Diosdado Cabello (o número dois do Governo de Nicolás Maduro), à televisão estatal venezuelana.
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