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Forças turcas na Síria vão atacar Raqa em conjunto com os rebeldes
O presidente da Turquia anunciou hoje que forças turcas envolvidas numa operação militar contra o grupo extremista Estado Islâmico no norte da Síria, em apoio a grupos da oposição síria, vão atacar em breve o bastião 'jihadista' de Raqa.
© Reuters
Mundo Erdogan
Recep Tayyip Erdogan declarou que as forças rebeldes apoiadas pelos militares turcos estão a avançar sobre a cidade de Al Bab, para desalojar elementos do Estado Islâmico. Depois de tomarem Al Bab, as mesmas forças vão atacar Manbij, capturada pela milícia curda síria em Agosto.
"Depois disso iremos rumo a Raqa", afirmou o presidente turco.
Na prática, Raqa é a "capital" do Estado Islâmico e há muito que é apontada como o próximo alvo na luta contra os jihadistas na Síria. No entanto, as potências ocidentais e a Turquia divergem sobre a forma como o ataque deve ser feito.
A coligação contra o Estado Islâmico liderada pelos Estados Unidos deverá dar apoio aéreo, mas a Turquia está contra o envolvimento no terreno de quaisquer milícias curdas sírias.
Desde 24 de agosto que forças especiais turcas, apoiadas por carros de combate, estão mobilizadas no Norte da Síria, a dar apoio a combatentes sírios que se opõem ao regime do Presidente Bashar al-Assad, numa grande operação para escorraçar os 'jihadistas' do Estado Islâmico de toda a região fronteiriça.
Os rebeldes sírios apoiados pela Turquia estão agrupados em diversas brigadas diferentes e não numa única força organizada, indicaram especialistas citados pela agência France Presse.
A operação turca, denominada "Escudo do Eufrates" tem também como objetivo travar o avanço da milícia curda síria Unidades de Proteção do Povo curdo (YPG).
Ancara considera que a YPG e a União Democrática do Curdistão (PYD) são braços armados do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que lidera uma insurreição na Turquia desde 1984.
O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
Em agosto, as Forças Democráticas da Síria - uma coligação de cerca de 30 mil combatentes curdos e árabes, apoiados pelos Estados Unidos, mas lideradas por curdos - capturou Manbij ao Estado Islâmico.
Erdogan, que tem repetido que a operação contra Raqa não poderá envolver elementos da YPG, afirmou hoje que Manbij será um alvo das forças turcas.
O presidente turco insistiu que na quarta-feira disse, pelo telefone, ao presidente norte-americano, Barack Obama, que se opunha à participação das YPG ou do PYD no ataque.
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