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Itália entre o apocalipse e o medo. Primeiras imagens após sismos
Há dois feridos registados em Visso, mas o cenário, em algumas localidades, é de destruição com o colapso de vários edifícios.
© Twitter/Corriere della Sera
Mundo Terramoto
Dois sismos com duas horas de intervalo, de magnitude 5,4 e 5,9 na escala de Ritcher, sacudiram esta quarta-feira o centro de Itália. Tanto o primeiro, registado às 19 horas locais, como o segundo, mais forte, tiveram o mesmo epicentro, a 100 km de Perugia. Os dois foram sentidos na capital italiana, onde não há registo de danos.
Apesar da pouca informação sobre estragos e possíveis vítimas (apenas o registo de dois feridos em Visso), ao final da noite desta quarta-feira começaram a chegar relatos de pânico e de um cenário "apocalíptico", de destruição e de localidades às escuras, onde também as comunicações estiveram interrompidas.
A localidade mais afetada parece ter sido Ussita (com cerca de 400 habitantes). O autarca, Marco Rinaldi, fez um relato de uma situação de "apocalipse"."Foi muito forte, é uma situação apocalíptica. Há pessoas a gritar na rua, e agora a luz foi cortada", detalhou à Sky tg24.
"Caíram as paredes das casas, a nossa cidade está destruída. Caiu também um lado da igreja, o terreno rachou. O bairro de Casali não está acessível. A nossa cidade está destruída", acrescentou ainda Rinaldi.
O autarca de Castelsantangelo sul Nera disse tratar-se de uma "situação delicada", mas que era importante "manter a calma". Mauro Facucci relatou ainda que, na sequência dos sismos, houve um corte de luz que deixou tudo às escuras. "Estamos a contar-nos uns aos outros para ver quem está aqui, ainda não sabemos quão má é a situação", acrescentou. Só a claridade da manhã irá permitir fazer um balanço detalhado dos estragos.
Entretanto, a Proteção Civil italiana já afirmou que a situação "não é tão catastrófica como se temeu no início", apesar da intensidade dos sismos e do cenário de destruição.
Mas o medo de uma tragédia como a de há uns meses está presente e levou a que a população entrasse em pânico. Recorde-se que, em agosto, um forte sismo provocou a morte a 297 pessoas e danos materiais na região de Abruzos, também no centro de Itália, especialmente nas localidades de Amatrice, Accumoli e Arquata del Toronto.
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