Funcionários detidos por interferir na recolha da qualidade do ar
A polícia chinesa deteve vários funcionários encarregues da proteção ambiental na cidade de Xi'an, centro do país, após terem alegadamente manipulado os dados de monitorização da qualidade do ar, informou a imprensa local.
© Pixabay
Mundo China
"Os funcionários bloquearam o equipamento de monitorização com bocados de algodão, interferindo com a recolha de dados", avançou o jornal Huashang Bao.
A situação alertou a agência nacional de proteção ambiental, que ordenou a abertura de uma investigação policial, descreveu o jornal.
Entre os detidos estão o diretor e o vice-diretor da estação central de monitorização da qualidade do ar e o responsável pelo gabinete de proteção ambiental no distrito de Chang'an.
O caso "deverá servir como aviso aos funcionários de todo o país de que o governo central é sério na punição de infrações dos regulamentos ambientais", reagiu Dong Liansai, da organização ambientalista Greenpeace, em comunicado.
Nos últimos anos, a poluição tornou-se uma das principais fontes de descontentamento popular na China.
Em março de 2014, o primeiro-ministro, Li Keqiang, declarou "guerra à poluição" e Pequim impôs aos funcionários locais metas de redução da poluição do ar, ameaçando com punições, caso estas não sejam atingidas.
Em entrevista à agência Lusa, no ano passado, o conhecido ativista chinês ligado às questões ambientais Ma Jun realçou a importância de "garantir a acessibilidade, qualidade e fiabilidade dos dados estatísticos" no combate à poluição.
"As grandes fábricas têm hoje de tornar públicos os seus níveis de emissões, colocando-se sobre a supervisão da opinião pública", explicou. "Isto gerou um ímpeto local muito forte para combater a poluição".
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