Socialistas da Catalunha fogem à disciplina de voto e mantém "não"
O Partido Socialista da Catalunha (PSC) decidiu hoje, em Barcelona, que os seus sete deputados irão votar "não" à investidura de Mariano Rajoy, desobedecendo à orientação do PSOE, onde está integrado, de se abster.
© Reuters
Mundo Espanha
O Conselho Nacional do PSC, o órgão mais importante entre congressos, aprovou por 241 votos a favor e apenas uma abstenção a posição defendida pela direção do partido no sentido de recusar a investidura do líder do PP (Partido Popular, direita) e atual presidente do Governo de gestão.
O presidente da comissão de gestão do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), Javier Fernández, já assumiu que a situação dos deputados do PSC, um partido autónomo que está integrado no grupo parlamentar socialista no Congresso dos Deputados (parlamento) é diferente de outros deputados que têm a intenção de não respeitar a disciplina de voto.
Fernández afirmou hoje que está convencido de que é ainda possível convencer até sábado os deputados do PSOE que não concordam com a posição dos socialistas de se absterem a uma investidura de Rajoy.
O rei de Espanha, Felipe VI, convidou hoje Mariano Rajoy para tentar formar Governo, depois do PSOE ter decidido abster-se na segunda votação da sessão de investidura do líder do PP.
Nas eleições de 26 de junho, o PP foi o partido mais votado (33,0 % dos votos e 137 deputados), seguido pelo PSOE (22,7 % e 85), Unidos Podemos (21,1 % e 71) e Cidadãos (13,0 % e 32).
Depois de uma primeira sessão falhada de investidura em setembro no parlamento, o Comité Federal dos socialistas decidiu no domingo passado que o partido deve votar "não" na primeira votação à investidura de Mariano Rajoy e abster-se na segunda.
A posição do PSOE viabiliza a formação de um novo executivo liderado por Mariano Rajoy depois de dez meses de impasse político.
O Congresso dos Deputados irá reunir-se a partir de quarta-feira, esperando-se que uma primeira votação na quinta-feira chumbe a investidura do líder do PP que, no entanto, passaria na segunda votação, prevista para sábado, com a abstenção dos deputados socialistas.
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