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Lava Jato: Odebrecht e executivos fecham acordo para dar informações

O ex-presidente da Odebrecht e mais de 50 executivos e funcionários da empreiteira brasileira fecharam acordos para prestar informações à Operação Lava Jato em troca de eventuais reduções de pena, avança hoje o jornal O Globo.

Lava Jato: Odebrecht e executivos fecham acordo para dar informações
Notícias ao Minuto

13:48 - 25/10/16 por Lusa

Mundo Brasil

Estes acordos conhecidos como delações premiadas (prestação de informações em troca de eventual redução de pena), alcançados após oito meses de negociações, representarão a maior série de acordos do género fechados no país, segundo uma fonte ligada às investigações.

O jornal avança ainda que outros acordos estão pendentes de acertos finais entre investigadores e investigados.

Para fontes com acesso à investigação citadas pelo Globo, as acusações atingem "de forma democrática" líderes de todos os grandes partidos que se encontram no Governo ou na oposição.

"Não vai ser o fim do mundo, mas são informações suficientes para colocar o sistema político em xeque", disse ao diário um dos envolvidos nos ajustes entre investigados e a equipa que investiga o caso.

Marcelo Odebrecht encontra-se detido em Curitiba desde 2015, e em março foi condenado, por corrupção ativa, branqueamento de capitais e associação criminosa, a 19 anos a e quatro meses de prisão.

A Operação Lava Jato investiga um mega-esquema de corrupção envolvendo a petrolífera estatal Petrobras, empresários e políticos.

O Globo refere que os acordos deverão ser assinados após os depoimentos, que devem ser finalizados entre o final deste ano e o início do próximo.

Na fase preliminar das negociações do acordo agora alcançado, Marcelo Odebrecht e outros executivos referiram os nomes de pelo menos 130 deputados, senadores e ministros e 20 governadores e ex-governadores.

Entre eles estão o Presidente brasileiro, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), José Serra (Relações Exteriores) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

Também foram referidos Antônio Palocci, ex-ministro nos governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff que se encontra detido, e Guido Mantega, que também passou pelos dois executivos do Partidos dos Trabalhadores (PT) e que chegou a ser preso por algumas horas em setembro.

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