PSOE vai votar contra Rajoy na primeira votação e abster-se na segunda
O Comité Federal do PSOE decidiu hoje que o partido deve votar "não" na primeira votação à investidura de Mariano Rajoy e abster-se na segunda, esperando o responsável provisório dos socialistas que os 85 deputados respeitem esta diretiva.
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Mundo Eleições
O mandato decidido pelo órgão mais importante entre congressos dos socialistas foi explicado pelo secretário-geral provisório do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Javier Fernández, em conferência de imprensa em que voltou a insistir que abster-se não significa votar a favor do novo Governo.
O PSOE está muito dividido sobre a decisão tomada, havendo muitos partidários do "não" a Rajoy que defendem que apenas 11 deputados devem abster-se, o número mínimo necessário para permitir a tomada de posse do no Governo.
"Vou tentar que o PSC [Partido Socialista da Catalunha] seja consequente com a posição do Comité Federal", disse Fernandez quando questionado sobre a posição contra a possibilidade de se absterem dos sete deputados daquela federação regional do PSOE.
O PSOE decidiu hoje abster-se na votação de uma nova investidura de Mariano Rajoy à frente do Governo de Madrid, o que viabiliza a formação de um novo executivo depois de dez meses de impasse político.
O Comité Federal do partido decidiu por 139 votos a favor e 96 contra a abstenção do PSOE a uma nova candidatura à chefia do Governo de Mariano Rajoy, atual presidente do executivo de gestão e líder do Partido Popular (PP, direita).
O Congresso dos Deputados (parlamento) deverá reunir-se a partir de quarta-feira, esperando-se que uma primeira votação na quinta-feira chumbe a investidura do líder do PP que, no entanto, passaria na segunda votação, prevista para sábado, com a abstenção dos deputados socialistas.
O rei Felipe VI realiza segunda e terça-feira uma ronda de consultas com todos os partidos com assento no parlamento para verificar se há condições para apresentar um candidato à investidura.
No caso de um novo Governo não entrar em funções até ao fim deste mês, Felipe VI teria de dissolver o Congresso dos Deputados e marcar eleições.
O PP foi o partido mais votado em 20 de dezembro de 2015 e em 26 de junho último, mas sem maioria absoluta ou os apoios necessários para formar Governo.
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