Liberalização, partido único e EUA determinantes para o futuro de Cuba
O futuro de Cuba a médio e longo prazo depende da liberalização económica, da evolução do sistema de partido único e do prazo de eliminação das sanções dos EUA, considera a Economist Intelligence Unit (EIU).
© Reuters
Mundo Economist
Lisboa, 23 out - O futuro de Cuba a médio e longo prazo depende da liberalização económica, da evolução do sistema de partido único e do prazo de eliminação das sanções dos EUA, considera a Economist Intelligence Unit (EIU).
"A evolução económica a longo prazo vai depender de três fatores - se as reformas em curso potenciam uma segunda ronda de liberalização económica mais extensa, como aconteceu na China e no Vietname; se o sistema de partido único se mantém; e quanto tempo demora até que as sanções dos Estados Unidos da América sejam levantadas", diz a unidade de análise económica da revista britânica The Economist.
Num relatório especial sobre o país, os analistas afirmam que "existe um enorme potencial para a recuperação económica" em Cuba, e estimam um crescimento da economia até 2050 a uma taxa média acima de 3%, que só não é mais elevada devido ao envelhecimento da população.
Para as empresas internacionais que querem exportar para esta ilha, as notícias são positivas: "Cuba vai continuar a tentar diversificar os seus parceiros comerciais, já que está demasiado dependente da Venezuela, responsável por 40% das trocas comerciais de Cuba; o levantamento gradual das sanções norte-americanas deverá acelerar este processo", o que abre caminho para mais oportunidades de negócios para os exportadores, diz a EIU.
No relatório sobre o futuro de Cuba, os analistas partem do princípio que o Presidente se mantém até final da década e que a transição do poder executivo se faz de forma tranquila e pacífica, abrindo caminho ao aprofundamento da liberalização da economia.
Com estes dois pressupostos, a EIU conclui que "um foco na redução da burocracia e no aumento da eficiência, bem como o combate á pequena corrupção, pode aumentar o poder dos organismos regulatórios e deverá inverter a dificuldade que existe atualmente, materializada na configuração das instituições, que dificulta o crescimento".
O Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, realiza entre quarta e quinta-feira uma visita de Estado inédita a Cuba, onde se reunirá com o chefe de Estado cubano, Raúl Castro, e poderá também encontrar-se com o líder histórico Fidel Castro.
MBA // PJA
Noticias Ao Minuto/Lusa
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