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Centenas de polícias franceses protestam nas ruas pela terceira noite

Centenas de polícias franceses manifestaram-se pela terceira noite nas ruas de Paris para pedir reforços e penas mais duras, na sequência de uma série de ataques contra os agentes da autoridade.

Centenas de polícias franceses protestam nas ruas pela terceira noite
Notícias ao Minuto

07:00 - 21/10/16 por Lusa

Mundo Paris

Os protestos também tiveram lugar noutras cidades francesas na noite de quinta-feira, apesar dos esforços do Governo para conter o descontentamento no seio da polícia.

Cerca de 500 agentes -- a maioria à civil, com o rosto parcialmente coberto -- manifestaram-se perto da Torre Eiffel.

"Os agentes da polícia precisam de reconhecimento", afirmou o primeiro-ministro, Manuel Valls, na quinta-feira.

"Eles são amados pelo povo francês, e não apenas desde Charlie", sublinhou, referindo-se à onda de simpatia pela polícia gerada na sequência do ataque terrorista, no ano passado, à revista satírica Charlie Hebdo.

"Apelo à calma e à paz e digo aos polícias de França que podem contar com o meu apoio, com a minha solidariedade, com a minha compreensão e compromisso", disse.

Os agentes têm-se revoltado contra os ataques à polícia durante patrulhas em alguns bairros e durante protestos de rua.

No passado dia 08, um agente de 28 anos sofreu queimaduras graves depois de ter sido atacado nos arredores de Paris, permanecendo em coma.

Sindicatos da polícia, que já se reuniram com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, exigem um encontro com o Presidente francês, François Hollande, e apelam ao estabelecimento de penas mínimas para ataques contra a polícia.

François Hollande disse hoje que planeia encontrar-se com os líderes sindicais no início da próxima semana.

Ao abrigo da lei francesa, os polícias podem manifestar-se apenas fora do serviço, sem uniforme e desde que não levem armas nem viaturas consigo.

O Governo socialista acusou o anterior Presidente, Nicolas Sarkozy, de cortar 10.000 postos de trabalho na polícia durante o seu mandato (2007-2012).

Sarkozy, que disputa as primárias da direita e o centro para ser candidato às presidenciais francesas do próximo ano, descreveu as acusações como "mentiras".

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