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Negociações de paz em Moçambique retomadas após pausa de duas semanas

As negociações de paz em Moçambique entre o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, foram hoje retomadas em Maputo, após um interregno de duas semanas.

Negociações de paz em Moçambique retomadas após pausa de duas semanas
Notícias ao Minuto

18:52 - 18/10/16 por Lusa

Mundo Renamo

"Este foi apenas um primeiro encontro com uma das partes [a delegação da Renamo] e amanhã [quarta-feira] teremos o encontro com a outra parte [o Governo moçambicano]", disse à imprensa momentos após a reunião Mario Raffaelli, coordenador da equipa de mediação internacional, escusando-se a dar detalhes sobre o encontro de hoje, que durou menos de uma hora.

Após suspensão das negociações a 30 de setembro, proposta pelos mediadores internacionais para permitir às partes consultas e elaboração de propostas visando a superação do impasse que se verifica em torno da cessação dos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Renamo, as conversações deviam ter sido reatadas a 10 de outubro.

O adiamento das negociações aconteceu depois do homicídio de Jeremias Pondeca, membro da delegação da Renamo no diálogo político e conselheiro de Estado, atingido a tiro na manhã de 08 de outubro, quando fazia exercícios físicos na praia da Costa do Sol, na marginal de Maputo

Na sessão de hoje, os mediadores internacionais e a delegação da Renamo observaram um minuto de silêncio em memória de Pondeca.

A morte de Pondeca, também conselheiro de Estado, segue-se a uma vários assassínios de membros da Renamo e da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder), sobretudo nas zonas onde se registam confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado do principal partido de oposição.

Além da exigência do maior partido de oposição de governar em seis províncias onde reivindica vitória eleitoral e a cessação imediata dos confrontos, a agenda do atual processo negocial integra a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, incluindo na polícia e nos serviços de informação do Estado, e o desarmamento do braço armado da Renamo e sua reintegração na vida civil.

A região centro e norte de Moçambique tem sido palco de confrontos entre o braço armado do principal partido de oposição e as Forças de Defesa e Segurança e denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.

As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques em localidades do centro e norte de Moçambique, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde ou alvos económicos.

A Renamo acusa por sua vez as Forças de Defesa e Segurança de investidas militares contra posições do partido.

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